Coluna-Ponto-de-Vista-1

A realidade como é

Por Greice Bittencourt 

Com a função do mundial, onde além de jogar futebol os países deveriam se apresentar bem, passar uma boa imagem, carimbar o cartão de visita para o resto do mundo, recebemos no começo do trimestre uma proposta de trabalho.


A turma teria que se dividir em grupos e cada qual teria que pesquisar sobre um país. Essa pesquisa abrangeria uma série de fatores, como a riqueza, os costumes, as características típicas de cada um.


Optei e fiz questão de ter a África como tema do trabalho do meu grupo. Antes disso, sabia sobre essa país, o que se ouve falar, o trivial, o que os outros contam. Mas sabia também que pesquisar sobre isso, me revelaria uma fascinante descoberta. Em meio a tantas informações, tantas notícias, o que de ante-mão me encantou, foi a diversidade existente em um só lugar. Era tanta a ponto de várias vezes eu me questionar se estava falando do mesmo lugar.
Várias vezes me perguntei como pode uma realidade tão cruel e ao mesmo tempo tão fascinante como a que eu descobria. É a verdadeira moeda de duas faces. Geralmente as pessoas se deslumbram com as coisas boas, com as coisas bonitas da vida, dos lugares e até dos seus semelhantes. Tanto que ás vezes uma pessoa diferente, um gosto mais amargo, um cheiro menos agradável, já se torna objeto do nosso repúdio. Criamos automaticamente uma tendência a não nos importarmos com o feio, com a atenção, com os problemas que precisam de solução. É normal e faz parte da maioria de nós seres humanos essa mania que temos de achar que os outros é quem podem mudar a situação. Se pensarmos pelo lado prático, é realmente mais fácil, menos trabalhoso "chutar o balde", "passar a vez". Tantas coisas podem ser feitas por outras pessoas, me diz porque nos responsabilizarmos?
Até mesmo sem perceber, vamos vivendo e deixando pra amanhã, deixando pro colega do lado, perdendo a oportunidade de mudar, de fazer a diferença. Cada um é construtor e arquiteto da sua própria vida. Quando fazer ou não fazer algo, implica somente na nossa realização, se torna mais pessoal, como se na falta, ficassemos devendo só a nós mesmos. Mas quando o feito, por menor que seje, implica na realização de terceiros, deveriamos lembrar das nossas responsabilidades. O mundo está cheio de gente que empurra com a barriga. Precisamos de pessoas com atitude, que façam, e não somente que ocupem um lugar. Nem me refiro tanto a mudar a situação da África, tem coisas tão mais acessíveis e ao nosso alcançe precisando de mudança. Me refiro a mudar a nossa situação, a darmos o primeiro passo, a fazermos diferente. Não permita que o medo de mudar radicalmente lhe impeça de inovar. Não ache que o fato de ter que se acostumar com hábitos novos, com atitudes diferentes, seja tão perigoso a ponto de não tentar. Uma hora você consegue, dizem que a dor ensina a geme não é?
Tantas coisas acontecem a todo instante para nos ensinar algo, e muitas vezes nem reparamos. Não digo que vá visitar a África, não digo nem que dedique seu tempo a uma ONG, que invista seu dinheiro em programas sociais, se bem que não seria má idéia. Eu falo no primeiro momento, em coisas mais próximas, mais familiares.
Eu falo em não deixar como está, em perder o medo em mudar, em acertar, em aperfeiçoar. Começando por nós mesmos,as coisas ao redor se ajustam. Mesmo com o passar do tempo, a tese de um filósofo faz sentido:
" O ser humano é fruto do ambiente em que vive."
Se olhe no espelho e veja a imagem da única pessoa que pode fazer a diferença em sua vida.
Agradeça por isso. Por falar em agradecer, agradeço ao convite e a oportunidade amigo Anderson. É bom saber quando alguém gosta, quando alguém aposta. Isso dá gás, da energia, da vontade e motivo pra continuar. Principalmente quando você precisa de algo que te prove que você está no caminho certo, que deve seguir. As pessoas que te apoiarão, surgiram com naturalidade e caberá á ti, preservá-las. 
Grande abraço.

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