Tarso Teixeira debate novo Código Florestal na Guaíba
Assunto foi abordado por Tarso no programa "Esfera Pública" |
As alterações propostas ao novo Código Florestal, que dividem fortemente as opiniões de produtores rurais e ambientalistas, foram o tema do programa “Esfera Pública”, nesta quarta-feira, 14 de julho, a partir das 13 horas, apresentado pelo escritor e jornalista Juremir Machado da Silva com comentários da jornalista Taline Oppitz, ambos também colunistas do jornal “Correio do Povo”.
Os debatedores foram o vice-presidente da Farsul e presidente do Sindicato Rural de São Gabriel, Tarso Teixeira, e o promotor Daniel Martini, de Gravataí, mestre em Direito Ambiental pela Universidade de Roma. Martini disse que as alterações que estão tramitando no Congresso Nacional são temerárias e inconstitucionais. “Elas não atendem ao interesse da sociedade brasileira, que definiu a proteção ambiental como uma prioridade constitucional”, ressaltou.
Tarso Teixeira, por sua vez, diz que o novo projeto veio em boa hora. “A legislação ambiental brasileira vinha sendo turvada por uma série de decretos, normas, resoluções de órgãos federais sem votação no congresso e sem debate com a sociedade. Este novo Código Florestal é resultado de uma série de audiências públicas e de amplo debate no Congresso, e impõe novas regras de preservação que não imobilizam a produção rural”, ressaltou Teixeira, que recentemente contrapôs artigos do próprio Juremir sobre o assunto.
Martini criticou afirmou que apenas 3% dos produtores rurais brasileiros concentram mais de 50% das terras agricultáveis do país, o que foi contestado por Teixeira. “A média de hectares de propriedades da Fronteira Oeste e do Rio Grande do Sul é uma das mais baixas do mundo entre as potências agrícolas. O produtor brasileiro é líder em diversos setores do agronegócio, e justamente por isso há interesse de concorrentes internacionais em imobilizar a produção brasileira, e não por acaso as ONGs ambientais mais radicais vem dos países que competem diretamente com a agricultura do Brasil”, assinalou. O debate atraiu a atenção de centenas de ouvintes em todo o Estado, que se manifestaram pelo e-mail ou pelo Twitter. “Foi uma excelente oportunidade de levar este tema à discussão de toda a sociedade”, ressaltou Tarso Teixeira.
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