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Operação Leite Compen$ado 4: descoberta nova distribuição de leite adulterado com formol no RS

O Ministério Público (MP) realiza nesta sexta-feira (14) a quarta operação Leite Compen$ado. Dez meses após os primeiros casos, foi descoberta nova distribuição de leite adulterado no Rio Grande do Sul. Desta vez, o alvo são oito cidades na Região Noroeste, com envolvimento de um posto de resfriamento que encaminhava produtos para os Estados de São Paulo e Paraná.
O dono do posto de resfriamento de Condor foi preso. As marcas e os lotes que foram adulterados ainda não foram disponibilizados para não atrapalhar a operação do MP. Os nomes serão divulgados em entrevista coletiva na cidade de Ijuí, às 10h30 desta sexta.
A semelhança com os fatos anteriores é que transportadores voltaram a adulterar o leite colocando ureia, que contém formol (que por sua vez possui uma substância cancerígena). Tudo isso era feito para mascarar a adição de água, com o objetivo de aumentar o volume do produto.

Parmalat e Líder são marcas envolvidas na nova fraude 
As marcas envolvidas na operação Leite Compen$ado 4 são Parmalat e Líder. Foram produzidos leites do tipo longa vida, que foram parar nos mercados de São Paulo e do Paraná. Cerca de 199 mil litros foram para a fábrica da Líder, no Paraná, e 100 mil litros foram para Parmalat, em São Paulo.
A investigação foi conduzida pelo Ministério Público Estadual. Novamente, foi adicionada ureia, que tem formol, no leite aqui no Rio Grande do Sul.
Os lotes dos produtos que chegaram ao consumidor ainda não foram divulgados. No entanto, os leites adulterados da marca Líder foram fabricados em 13 e 14 de fevereiro. Da Parmalat, segundo os promotores, também são da mesma época de fabricação.
Parmalat e Líder são da empresa LBR, que também teve a marca Bom Gosto envolvida em fraudes anteriores. Chegou a assinar um Termo de Ajustamento de Conduta para intensificar a análise das cargas recebidas para evitar novas adulterações.
Agora, a LBR, inclusive, se negou a fazer o recall dos produtos, que seguem no mercado para os consumidores. A informação é dos promotores, que pediram a retirada do mercado.
A empresa LBR está em recuperação judicial. Também está negociando a venda de ativos, como fábricas.
Inicialmente, o Ministério Público informou a marca Glória. Foi detectada adulteração, mas os produtos desta marca não chegaram ao consumidor.

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