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Cobrança de tarifa para retirada de entulhos gera questionamentos da comunidade

Felipe Abib: "Era preciso fazer este regramento e a comunidade está gostando"
Na tarde de quarta-feira, 16, a redação do Coluna Ponto de Vista recebeu ligação da Sra. Cristiane da Silva, moradora da Rua Cerro do Ouro, no Bairro Mariana. Cristiane questionou o fato de sua rua estar muito suja devida a colocação por parte de alguns vizinhos de diversos entulhos em frente a sua casa, causando transtorno a ela e aos demais vizinhos.
A moradora da Rua Cerro do Ouro diz ter ouvido no rádio que precisaria pagar uma taxa para retirar os entulhos de sua casa, o que para ela é "um verdadeiro absurdo ter que pagar uma taxa para limparem em frente a sua casa".
Partindo desse questionamento, a redação do site foi ao encontro do Secretário de Serviços Urbanos, Felipe Abib, para saber o que realmente é esta cobrança e como está funcionando este trabalho.
Felipe diz que esta cobrança realmente existe, mas é mais um regramento, para os dias em que não está sendo realizado mutirão de limpeza nos respectivos bairros.
"Em nenhum lugar do mundo as pessoas jogam coisas na rua a hora que querem e o poder público vai buscar. Isto é inconcebível", disse.
O secretário enfatiza que o valor cobrado é de R$ 24,40 e pode ser pago no SAC da Prefeitura, afim de agendar este serviço. Abib frisa ainda que quem não tem condições de contrata-lo pode o fazer em parceira com os vizinhos dividindo o valor entre eles e agendando com o município.
"É importante as pessoas serem solidárias uma com as outras, se juntarem em 4 ou 5 vizinhos, um ao lado do outro, fazerem uma limpeza em seu pátio, fazerem o agendamento e o município vai lá recolher, pois colocar coisas na rua é um desrespeito com o próprio vizinho", destaca.
Felipe frisa ainda que existem serviços pagos de contêineres em empresas locais, entretanto, são pagos valores em torno de R$ 100,00, mas as pessoas estão aos poucos fazendo o uso deste serviço disponibilizado pelo município.
"O pessoal está gostando muito de fazer uso deste serviço, pois era preciso regrar a cidade, já que esta lei já existia, foi aprovada na Câmara, mas não era cumprida. Esta cobrança não visa lucro e sim, um regramento", finaliza.
O secretário destaca situações engraçadas que o fizeram pôr em prática imediatamente esta lei.
"O município tem uma estrutura pequena, não podemos ficar adivinhando onde as pessoas vão pôr entulhos. Nós tivemos casos em que tivemos que ir 3 ou 4 vezes no mesmo lugar, onde um senhor um dia não queria o sofá, outro dia não queria o colchão que estava lá, nem usava, aí jogou na rua. Depois ele jogou um fogão e um dia, jogou galhos. Hoje ele não faria isso, hoje ele juntaria tudo de uma vez só e o município iria lá uma única vez. Em nenhum lugar do mundo, existe da pessoa querer descartar alguma coisa e jogar no meio da rua. Eu cito também uma situação na Mascarenhas de Moraes, onde uma pessoa se desfez de um monte de mala velha e jogou no meio da rua. Semana passada, na Francisco Hermenegildo tinha um sofá no canteiro, isso eu não consigo entender. As pessoas não querem uma coisa jogam para a rua. Isso, a gente precisa começar a regrar, pois imagina São Gabriel daqui há 10 anos, se todo mundo quando não quer uma coisa, joga na rua e o município que se vire para retirar", enfatiza.
LOJAS - Várias lojas no centro da cidade também estão sendo observadas pela Prefeitura, face ao grande número de caixas de papelão que também estão sendo jogadas no meio da rua. Felipe destaca que a Prefeitura estará notificando as mesmas afim de que não façam mais isso, pois, segundo ele, isso é lixo reciclável e hoje existe uma cooperativa de catadores, existe um local em que a loja pode levar este material reciclável, pois papelão, pet, nada é lixo e sim, material reciclável. "A gente precisa mudar a cultura disso, pois isso é bom para a cidade", conclui,
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