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Polêmica: Integrantes dos Povos de Terreiro acusam Legislativo de preconceito contra religiões africanas. Legislativo diz que funcionário que se atrasou já foi advertido

Após a polêmica do ônibus no carnaval de Uruguaiana, o Legislativo gabrielense voltou a ser motivo de debates nas redes sociais, mais exatamente do povo umbandista.
Tudo isso, mais precisamente pelo fato da noite deste domingo, grupos pertencentes ao Povos de Terreiro terem acusado o Legislativo de preconceito religioso, visto no local seria realizada a eleição de 1 cadeira conseguida pelo município para integrar o Comitê Estadual de Povos de Terreiro, decisão esta que ocorreu em recente conferência realizada em nossa cidade, que mostrou a força do povo de religião afro de nosso município, porém, cerca de 40 integrantes tiveram que aguardar em terno de 50 minutos para poder entrar na Casa do Povo, em evento que estaria pré-agendado. Entretanto, quando as portas foram abertas, boa parte do público já teria ido embora, chateado com o incidente.
O Coluna Ponto de Vista conversou com o Secretário de Assistência Social, Cleber Giovane Silveira que esteve no local. Giovane disse que estava tudo certo para o evento e que ele, inclusive fez as solicitações e está buscando junto ao Governo Federal recursos para o grupo.
"A minha parte eu fiz, faltou o Legislativo fazer a dela", disse.
O Presidente da UNEAFRO, Homero Costa também se manifestou:
"Será que a Câmara a partir de agora tem preferencia religiosa? Ou existe algo mais? ficamos indignados, estarrecidos e cobramos nossos direitos enquanto cidadãos e religiosos, pois mais de 40 pessoas mais uma vez foram impedidas de usar o plenário para o evento pré-agendado na secretaria da Câmara.  
Uma manifestação na Câmara de Vereadores deverá ocorrer na noite de hoje.

O QUE DIZ A CÂMARA?
Segundo o Procurador Jurídico da Câmara, Paulo Antônio Oliveira, o que de fato ocorreu foi o que o funcionário responsável por abrir a Câmara estava no interior do município, acabou se atolando e não conseguiu chegar na hora marcada. O funcionário inclusive já teria recebido advertência do Presidente Marcos Vieira.
Além disso, um outro funcionário da casa está tendo a postura analisada pelo fato de estar juntamente com o grupo no local e não ter avisado ninguém da demora do colega. O fato será analisado ainda.

O Procurador Jurídico destaca ainda que o Poder Legislativo não tem preconceito nenhum com qualquer religião e que lamenta o fato que após as portas terem sido abertas, o grupo ter optado por ir embora não realizando o evento.
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