Coluna-Ponto-de-Vista-1

Segue a tradição: agora é Sartori

O Rio Grande do Sul elegeu José Ivo Sartori (PMDB) seu novo governador. Com 97,41% das urnas apuradas até as 19h06min deste domingo, o peemedebista já somou 3.759.611 votos e não pode ser mais alcançado pelo candidato à reeleição e governador, Tarso Genro (PT), que tem 2.381.399 votos.
O ex-prefeito de Caxias conta com 61,22% dos votos válidos (excluídos nulos e brancos) contra 38,78% de Tarso Genro (PT). Com a eleição de Sartori, o Estado volta a ser administrado pelo PMDB, que não obtinha o maior cargo estadual desde Germano Rigotto (2003-2006). O índice de abstenção é de 18,22% (1.437.299), o de votos brancos 3,11% (200.687) e nulos 4,99% (321.610).
A vitória coroa uma campanha que apostou na posição de não partir para o ataque, deixando a briga para os dois favoritos: Ana Amélia (PP), com o discurso da mudança, e Tarso Genro (PT), que focou na desconstrução da carreira política da ex-jornalista.
Contrariando as pesquisas, o Sartorão da Massa, como ficou conhecido nas redes sociais, deixou a senadora para trás e alcançou a primeira colocação, superando inclusive o candidato petista. Sempre pedindo para os gaúchos confiarem nas "pesquisas dos corações", o farroupilhense contou com o apoio de PSD, PPS, PSB, PHS, PT do B, PSL e PSDC na coligação O Novo Caminho para o Rio Grande e surgiu como uma terceira via simpática, em contrapartida à agressividade típica das campanhas polarizadas. No segundo turno, a candidata do PP também declarou apoio ao peemedebista.
Sartori mantém a tradição gaúcha de não reeleger governadores. No período democrático, o Rio Grande do Sul nunca manteve um governador após o primeiro mandato. Aos 66 anos, prestes a completar 67, o farroupilhense é o governador mais velho a assumir o Estado desde a redemocratização (marcada pela eleição de Jair Soares). Sartori, que assumirá em 1º de janeiro, será o primeiro governador do Rio Grande do Sul nascido em Farroupilha.
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