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Acidente na BR-290 mata duas mulheres e deixa outra em estado grave

Fiesta ficou destruído no local
Foto: Ronaldo Bernardi/Agência RBS
Um acidente entre um Ford Fiesta e dois caminhões causou a morte de duas mulheres e deixou uma terceira vítima gravemente ferida na BR-290 em Butiá. As três viajavam no automóvel no sentido Interior-Capital quando, na altura do km 162,8, o Fiesta se chocou contra um caminhão baú, de São Gabriel, que ia na direção contrária. Na sequência, o corpo da motorista foi projetado para fora do automóvel e caiu sob as rodas de uma carreta que vinha em seguida.
A motorista do carro, Ligia Gabriela Padilha, 33 anos, morreu na hora. A passageira Meri Dutra Sampaio, 40 anos, foi encaminhada ao Hospital de Butiá, mas morreu no local. A terceira vítima, Cibele Teixeira do Amaral, 38 anos, que também estava no hospital de Butiá, foi transferida para Porto Alegre. Os condutores dos dois caminhões não se feriram.

O policial rodoviário federal Ronaldo de Moraes disse que o acidente pode ter sido causado por uma ultrapassagem malsucedida do carro. Um dos caminhoneiros envolvidos no acidente, Fernando Martins, 40 anos, há 20 anos na profissão, contou que o choque aconteceu por volta das 4h30min. Naquele momento, ele se dirigia a São Gabriel.
— Foi um impacto muito grande. Eu meio que desmaiei, e quando acordei tinha acontecido — relatou.
Das 3 amigas, apenas Cibele (à esquerda) segue hospitalizada. Lígia e Meri morreram

Depois da diversão em Butiá, o trio partiu em direção a São Jerônimo. Partes do trajeto e da festa foram documentadas no perfil do Facebook das vítimas. O trio sempre foi conhecido pela alegria, e a morte das duas servidoras públicas chocou os colegas da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) e da Delegacia de Polícia de São Jerônimo.
O titular da 17ª Região Policial, delegado Carlos Miguel Vaz Amodeo, estava abalado na manhã deste sábado. Ele conhecia a policial Meri, que descreveu como "muito motivada":
— A policial era lotada em São Jerônimo e havia se formado na Acadepol há aproximadamente três anos. Estava sempre alegre. Era uma boa policial, sempre pronta para participar das operações.
Meri era figura comum na imprensa local, servindo como fonte policial e prestando informações sobre as atividades da delegacia. Ela tinha duas filhas, uma de 19 anos, universitária, e outra de 14 anos, e era separada. Antes de entrar para a polícia, tinha atuado como conselheira tutelar.
O delegado criticou a situação da estrada onde ocorreu o acidente. Ele disse que há muitos acidentes na rodovia por causa do perigo de alguns trechos, causado por falta de iluminação e até de olhos-de-gato — os dispositivos que permitem ao motorista enxergar as divisórias da pista no escuro.
Ligia era agente penitenciária lotada na Penitenciária Estadual de Arroio dos Ratos, e os colegas a consideravam uma pessoa muito tranquila. Ela estava na Susepe desde 2011, e era filha de um servidor da superintendência aposentado.
Os corpos deverão ser encaminhados ao Departamento Médico Legal de Canoas.

Fonte: ZH
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