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“Colônia de Férias” da Secretaria Municipal de Educação atende 75 crianças. Modelo atraiu atenção da região

O programa “Colônia de Férias” da prefeitura municipal está beneficiando 75 famílias com disponibilização de atividades recreativas e culturais para alunos da educação infantil do Município. O sucesso do projeto, desenvolvido pela Secretaria Municipal de Educação (SEME), já chamou a atenção de municípios vizinhos. Em toda a região, com implantação do recesso nas escolas de educação infantil, São Gabriel se destaca com o trabalho desenvolvido com as crianças. O modelo chamou atenção do Ministério Público de Santa Maria.
O mesmo MP, em dezembro, reuniu secretários de educação de 36 municípios do Rio Grande do Sul para tratar do tema. O encontro foi auditório da Promotoria em Santa Maria. Além de São Gabriel, somente Rosário do Sul, Mata, Cachoeira do Sul e Tupanciretã estão atendendo as crianças, em escolas nucleadas, nos meses de janeiro e fevereiro.
Uma das instituições de educação infantil mais bem estruturada, a EMEI Vó Edi, no Bairro Progresso, é um palco principal do projeto. A SEME disponibilizou para o atendimento das 75 crianças um grupo de 30 monitores e professores, além de profissionais de limpeza e cozinha. Além disso, duas monitoras foram selecionadas para atendimento exclusivo nos transportes escolares. Dois ônibus também foram disponibilizados para o programa. 
Atendimento completo - O projeto prevê transporte para todas as crianças. “Elas são pegas na frente das escolas de origem e levadas para a EMEI Vó Edi de manhã. No final da tarde, a SEME faz o transporte das crianças até o local de origem”, explica a coordenadora da Educação Infantil da SEME, professora Diva Wallauer. 
O programa iniciou no primeiro dia de janeiro e será concluído no dia 20 de fevereiro. A proposta beneficia as famílias cujos pais trabalham e não tem condições de arcar com despesas de acompanhantes ou cuidadores. Com a ideia, “a SEME trabalha a adaptação das crianças pensando no futuro, pois convivemos com várias diferenças”.
Brincadeiras e muita atividade fora da sala de aula. “A infância é passageira e é preciso garantir a qualidade da experiência no seu curto espaço de tempo vivenciando a educação infantil. Assim cumprimos o nosso papel de ética e responsabilidade”, finalizou. 
ENTENDA - De acordo com o Conselho Nacional de Educação as Escolas Municipais de Educação Infantil (CNE), não devem ser vistas como entidades assistencialistas, mas sim educativas. Para o membro do CNE, César Callegari, as crianças têm direito a uma convivência intensiva e extensiva com a família e o conceito de que as escolas infantis são meramente guardadoras de crianças é ultrapassado e não condiz com a Política Nacional de Educação para Crianças. “Todos esses trâmites nos permitiram concluir que uma escola infantil, aberta nos meses de janeiro e fevereiro vai atender plenamente a demanda de 58 alunos”, explicou a secretária. Os alunos que continuarão frequentando a escola no período de recesso serão direcionados à Escola Municipal de Educação Infantil Alcida Chagas, escolhida justamente por ser a mais central.

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