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O QUE FAZER COM AS DESPESAS DO FIM DE ANO?

Mais uma vez o fim de ano está chegando e muitos não carimbaram seu dinheiro ou sequer se prepararam para as despesas com comemorações de Natal, Réveillon, Viagens, presentes, etc., mas, também aquelas despesas de início de ano como: IPVA, Seguro Obrigatório, IPTU, matrícula da escola das crianças, uniforme e material escolar, reajuste de aluguel e condomínio, etc., etc. E agora o que fazer? Para muitos, infelizmente ou felizmente, o décimo terceiro pode ser a salvação.
Tudo isso poderia ser evitado se houvesse um bom planejamento financeiro, que poderia ser arquitetado no fim de cada ano para ser executado no ano seguinte, no entanto, se você não deu a devida atenção ao tema, o décimo terceiro pode ser uma “alternativa” para sair do sufoco, porém, deve ser usado com sabedoria e cautela para que o mesmo não seja gasto somente com presentes e comemorações de fim de ano.
A título de informação, de acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego o trabalhador pode receber o seu décimo terceiro em até duas parcelas, sendo a primeira até 30 de Novembro e a segunda até 20 de Dezembro. No primeiro pagamento/parcela, o trabalhador tem direito a receber 50% de seu último salário, integralmente sem qualquer desconto, enquanto que o segundo pagamento/parcela será descontado os benefícios pagos ao INSS e a dedução referente ao Imposto de Renda. Os funcionários que ingressaram com carteira assinada a partir do mês de Janeiro, receberão o 13º salário proporcional ao tempo de empresa. Para aqueles que obtiveram um aumento depois do pagamento da primeira parcela, terão um reajuste equivalente na segunda parcela em Dezembro.
Com o 13º no bolso, o ideal é priorizar as despesas de maior relevância como as citadas no início do artigo, para evitar atrasos e multas. Lembre-se de separar uma parte do que recebeu para uma poupança, cujo objetivo é de iniciar o ano no “AZUL”, ou seja, mais vale um Natal e um Ano Novo "Magrinho" do que começar o ano com o pé esquerdo se martirizando por não ter sido mais prudente com as despesas de fim de ano.
O que mais importa para um futuro financeiro tranquilo é não depender única e exclusivamente da sorte, mas sim, de outras fontes de receitas devidamente acompanhadas e suportadas por um bom planejamento financeiro, aliado a um plano de investimentos bem definido.
Muitas pessoas, por ainda não terem sido instruídas com a Educação Financeira nas escolas desconhecem como os juros compostos funcionam, sendo que ao invés de receberem juros aplicando uma parte de seu 13º salário, acabam por sua vez, pagando-os em seus empréstimos pessoais, consignados, cheques especiais e créditos rotativos. É importante salientar que no Brasil, os juros médios cobrados do consumidor são um dos mais caros do mundo e estão em 49,89% ao ano, segundo os dados de Setembro/2014 da ANEFAC (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade).
Diante desse cenário, se possui dívidas, o melhor presente de final de ano para você e sua família, é a quitação delas, pois, para quem está endividado, não existe melhor investimento, uma vez que qualquer aplicação que você faça, até o presente momento, lhe proporcionará uma rentabilidade inferior às taxas médias cobradas dos clientes Pessoa Física.
Para que haja um maior aproveitamento em seu final de ano e que você possa utilizar o seu décimo terceiro com sabedoria, seguem algumas dicas importantes:
Estime o quanto gastará com as ceias de Natal e Réveillon;
Procure antecipar a compra de passagens aéreas, caso ainda não as tenha adquirido e fique de olho nas promoções de fim de semana. Se tiver milhas de programas de fidelidade faça uso das mesmas, para suas viagens nacionais e internacionais;
Para não passar por um susto financeiro no fim de ano, busque lugares menos badalados como regiões de montanha e mais rurais, fugindo do litoral, que em geral é o destino mais procurado da maioria dos turistas nessa época do ano;
Caso ainda opte por viajar para a praia, procure aquelas que não são tão movimentadas para passar seu Fim de Ano sem gastar tanto;
Não pague as dívidas para fazer mais dívidas, só porque você voltou a ter crédito e nome limpo, pois dados estatístico da SERASA mostram que os consumidores acabam retornando a base de inadimplentes do sistema de proteção ao crédito em menos de um ano;
Separe os recursos que serão utilizados para as compras do final de ano, determinando limites para esses gastos;
Reveja a necessidade de dar presentes a todos os amigos e parentes a não ser que você receba presentes de cada um deles todo ano;
Faça uma lista dos presenteáveis e se possível, antecipe as compras, pois quanto antes realizá-las, menos transtornos com filas, falta de vagas em estacionamentos de shopping centers e preços elevados você terá que enfrentar nesse fim de ano;
Fuja do “Efeito Manada”, onde todos saem às compras e acabam pagando mais por aquilo que poderia custar menos;
Lembre-se que os endividamentos no cartão de crédito e no cheque especial com as taxas de juros atuais dobram a cada sete ou nove meses respectivamente;
Cuidado com a ilusão das compras a prazo, sem juros. Lembre-se que o dinheiro ao longo do tempo tem seu valor e peça sempre desconto nas compras à vista.
Para evitar a obrigação de dar presente a todos os colegas de trabalho, vale a pena participar daquele amigo secreto promovido pelo seu departamento, onde podem estipular o valor do presente a ser trocado com outra pessoa. Agora, se o valor a ser determinado for inferior ou superior as suas expectativas e se você tem certeza de que não irá gostar do presente a ser recebido é melhor evitar a participação, enquanto é tempo;
Depois de pagar as dívidas, crie um “colchão financeiro para emergências” ou aproveite as altas taxas de juros para realizar seus investimentos, pois estas podem ultrapassar os 11,25% ao ano;
Atente-se que no início do ano, há o pagamento de taxas e impostos como o IPTU, o IPVA, as Contribuições Sindicais, a matrícula da escola das crianças, os reajustes nos aluguéis, dentre outras despesas eventuais;
Tenha calma, pois para aqueles que podem esperar o início do ano há sempre promoções que podem ser mais vantajosas e proporcionar bons descontos sobre os preços à vista.
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