Coluna-Ponto-de-Vista-2

Da Capital ou Pampa

Por Carlos Ismael Moreira – Jornalista

Doce gastança

       É Páscoa! Foram-se os festejos do início de ano, o carnaval passou rápido como um punhado de confetes ao vento, e nem bem as pessoas começaram a se acostumar com a sequência de segundas-feiras, lá se foi um quarto do ano.
       Para aqueles que mantêm o sentido original da tradição cristã, chegamos a uma das datas mais importantes do calendário religioso. É tempo de reflexão, de celebrar a ressurreição do Cristo morto para pagar os pecados da humanidade. Para este jornalista, que preserva a fé fora do círculo das religiões, sejam elas quais forem, a Páscoa é um boa oportunidade de estar junto da família e das pessoas de quem gosto.


       Mas, com certeza, a visão que mais impressiona nesta época do ano é a do volumoso mercado que se movimenta sob a mística do coelhinho e dos ovos de chocolate. Uma infinidade de marcas, desde as poderosas indústrias de escala global até a pequena fábrica de doces artesanais, disputam espaço nas prateleiras e no gosto dos compradores. O fascínio que o ovo de chocolate exerce sobre os incautos consumidores é tal, que consegue inverter a lógica mais básica e simples do mercado – levar mais por menos.
       O cidadão vai às compras e se depara diante da seguinte situação: uma marca vende um ovo de chocolate de 300 gramas por R$ 25 (em média) e oferece também barras de chocolate de 170 gramas por R$ 3,50. A conta é fácil, com o valor pago pelo ovo se pode levar sete barras, que totalizam 1,190 Kg de chocolate. É o mesmo produto, com gosto idêntico, apenas o formato e a embalagem são diferentes. Ainda assim, a maioria dos consumidores leva o ovo de chocolate.
       É o peso do símbolo. A lebre das mitologias anglo-saxã, nórdica e germânica, que representava Eostre – deusa da fertilidade e do renascimento –, transformou-se no charmoso coelhinho da páscoa. A troca de ovos ocos e coloridos vem de antes do cristianismo, para celebrar o fim do inverno e o florescimento da natureza. Integrado à celebração cristã, o ovo tornou-se símbolo da ressurreição de Cristo. No século XIX, os franceses resolveram rechear com chocolate as cascas vazias do ovo de galinha. E assim foi, juntos, coelhinho e ovo de chocolate formaram a dupla perfeita para o sucesso de vendas.
       Que nesta Páscoa, possamos nos libertar um pouco da tirania do cacau para dar valor ao que não tem preço, a companhia daqueles que amamos. Feliz Páscoa!  

Feliz Aniversário! 
       Neste feriado, os gabrielenses têm muito mais motivo para comemorar. A Terra dos Marechais completa 164 anos! Parabéns a toda população, que por meio de seu trabalho e de sua hospitalidade, fazem a cidade viva. Com todos os percalços e dificuldades superadas dia a dia por esse povo guerreiro, esteja onde eu estiver, São Gabriel será sempre a minha casa. Não me canso de comprovar que não há melhor lugar no mundo do que o nosso lar.
       Parabéns e obrigado por tudo São Gabriel! 
       Contato: carlosismaelm@gmail.com

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