Prefeito mediará impasse entre o SINPRO e URCAMP
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Prefeito Rossano garantiu apoio a Reitoria da Urcamp |
A preocupação com as ações de cobrança de multa por atraso de salário movidas pelo Sindicato dos professores (SINPRO) contra a Urcamp e que chegam a valores de quase R$ 950.000,00, externadas ao Prefeito Rossano na última terça-feira, 11, pela Reitoria da Urcamp estarão gerando em medidas visando resolver esta situação.
Na próxima terça-feira, 18, às 19h, no Salão de Atos da Prefeitura Municipal, estará sendo realizada reunião com diversas entidades e que será liderada pelo Prefeito Rossano, onde inclusive, o SIMPRO será convidado a participar do debate.
REITORIA AGRADECE APOIO
A direção da Urcamp agradeceu o apoio do Governo Municipal com relação as novas bolsas de estudo do Proesc.
Além disso, Arno destacou que está esperançoso com a melhora na situação da universidade visto que, no segundo semestre deste ano, com a entrada do Proesc 3 e 4, haverá um acréscimo de R$ 720 mil/mês para a Universidade.
O Pró-Reitor da Urcamp, José Rudnei de Oliveira, destacou o número de empregos gerados pela Universidade, sendo 70 professores, 50% deles do município, 40 funcionários, todos da cidade. Rudnei também externou a sua preocupação com a queda no número de alunos, pois hoje são 700 alunos matriculados, entretanto, houve períodos em que 1.300 alunos estudaram na Urcamp.
“Hoje, tem cursos com somente 5 alunos”, destacou Rudnei que enfatizou a preocupação com cursos à distância, universidade federal, dentre outras, que hoje ocorrem no município e que seriam o motivo desta queda.
ALUNOS PARALISAM AS ATIVIDADES
Com informações do blog Revista Contexto
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Alunos pediram explicações sobre a situação dos professores |
"Este manifesto não é somente mostrar a tensão que vivemos, mas também para que possa ocorrer uma solução para este drama que os professores vivem", salientou o academico do 5º semestre, Daniel Neves, 27 anos. A academica também do 5º semestre, Francislene Azambuja, relata que após a informação de que o prédio está penhorado para pagamento das dívidas, a insegurança dos alunos é grande. "Como vamos ficar, se ficarmos sem o campus, como vamos concluir o curso? Queremos que sejam tomadas providencias, pois estamos inseguros", relatou a jovem.
O QUE DIZ O SINPRO-RS
Dentro do compromisso de bem-informar os leitores e procurando ouvir todas as partes envolvidas, a reportagem do blog conversou logo após a reunião por telefone com o advogado credenciado do Sindicato, Augusto Solano Lopes Costa, para saber a realidade da situação. Solano nos confirmou que há 26 ações trabalhistas ajuizadas pelo SINPRO-RS contra a Urcamp São Gabriel, sendo que o atraso de salários acontece desde 2004, além de ações de professores que foram demitidos do campus local.
Neste ano, são quatro meses de salários atrasados desde janeiro - onde foram pagos apenas 30% dos vencimentos - além dos meses de fevereiro, março e abril impagos, e que foram tentados todos os acordos possíveis, que não teriam sido cumpridos pelo Campus local. "O Sindicato tentou diversas vezes acordo para resolver a questão, mas a Urcamp nunca apresentou proposta para o pagamento. Inclusive suspendemos ações para tentar sanar isso, mas nunca houve disposição por parte da instituição para resolver", confirmando ainda que o Campus III foi dado como penhora pela própria Urcamp.
"Estas ações são procedentes, já foram julgadas e dado o ganho de causa para o Sindicato. A Urcamp não paga os salários, e nem apresenta proposta, agravando ainda mais a situação. Desde setembro, já ocorreram tres audiencias e nada foi apresentado pela Urcamp", concluindo que a Pró-Reitoria nunca apresentou explicação sobre por que o Campus local chegou a tal situação grave. "Isso só vem a encobrir a má administração e a incompetencia administrativa que está acontecendo na Urcamp, resultando em manobras diversionistas para ocultar erros que levaram a situação grave que aflige professores e alunos", finaliza. Nos próximos dias, vamos ouvir também o SINPRO-RS e a Justiça do Trabalho, para saber mais sobre o caso. O que se saberia é que se em 45 dias o caso não se resolver, o prédio pode ir a leilão.
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