Coluna-Ponto-de-Vista-1

GRENAL É GRENAL

Por: Greice Bittencourt

E como esse domingo (01) é dia de Grenal pelo Campeonato Brasileiro, decidi que a coluna da semana traria aos leitores, um pouco mais da fascinante história desse clássico que tanto encanta o povo gaúcho. 
Em 21 de julho de 1909, quatro representantes do Internacional reuniram-se com representantes do Grêmio na sede da Sociedade Leopoldina Porto Alegrense, para tratarem do confronto entre os dois clubes. O Internacional fundado dois meses antes, convidava o Grêmio para ser o seu primeiro adversário.
O major August Koch, então presidente do Grêmio, decidiu que a sua equipe enfrentaria o colorado com o segundo quadro (time reserva). O que foi contestado e não aceito por dirigentes do Internacional.
O primeiro Grenal da história, ocorreu no dia 18 de julho de 1909, no Estádio da Baixada, que pertencia ao Grêmio. Ás 15 horas e 10 minutos de um domingo, as duas equipes entravam em campo, precedidas pelos respectivos presidentes e pela Banda da Brigada Militar. 

Os jogadores do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense, trajavam camisa verticalmente em metade azul e metade branca, com calções pretos. Já o Sport Club Internacional, vestia camisa listrada verticalmente em vermelho e branco, com calções brancos. O público presente estimado, eram duas mil pessoas.
O árbitro da partida foi Waldemar Bromberg, tendo dois juízes de linha e dois juízes de gol. Como naquela época não haviam redes nas goleiras, os juízes de gol ficavam sentados num banquinho ao lado das goleiras, indicando se a bola entrava ou não.
O pontapé inicial foi dado por Edgar Booth que aos 10 minutos marcou não só o primeiro gol da partida, como o primeiro gol do clássico. Booth marcou mais (4 gols), sendo os restantes marcados por Túlio Grunewald (4 gols) e Moreira (1 gol). Totalizando o placar de 10 a 0 para o Grêmio, a maior goleada da história dos Grenais.
Mas a expressão Grenal, só surgiu mesmo em 1926, quando o jornalista Ivo dos Santos Martins torcedor do Grêmio, cansado de ter que escrever por extenso o nome dos dois clubes, criou o termo. 
"Já para o ex-governador do Rio Grande do Sul e patrono do Internacional Ildo Menegheti, GRENAL É GRENAL".
O que mais fascina nesses 101 anos de Clássico, é que geralmente aqui no Sul, ou se é Inter ou se é Grêmio. 
Não é mais uma partida de futebol, é Grenal. Um clássico capaz de dividir um povo de tanta história como o povo gaúcho. Mas também de atrair os olhos de torcedores de fora do Estado.
Mesmo que a nova geração Grenal, não seja da época do rolo compressor, quem nunca ouviu falar dessa história?
E o clássico de 1988, que valia uma vaga na final do Brasileirão e uma vaga na Copa Libertadores do ano seguinte. Onde o Inter venceu de virada por 2 a 1, e os colorados mal acreditavam no que viam. Este foi o Grenal de número 297, disputado no Beira-Rio e teve o maior público de Grenais em campeonatos brasileiros até hoje: 78.083 pagantes. 
A rivalidade desde que saudável, respeitosa e não agressiva antes e acima de qualquer coisa, torna-se estimulante. 
Infelizmente nem todo mundo encara dessa forma, mas ...
Desde que se tenha respeito, é possível sim que um gremista e um colorado assistam á um Grenal juntos, por exemplo.
A paixão por esses times devem sim mover esse interesse pelo futebol, mas nada mais correto que gremistas e colorados não façam de suas diferenças tamanhas tempestades.
Por último e não menos importante, não poderia deixar de dizer que:
" Ser colorado é um sonho delirante de não conseguir ser mais nada."
Abraço e viva ao greNAL!

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