Coluna-Ponto-de-Vista-1

Dicas de Vídeo com Marco Medina

E O OSCAR VAI PARA...!

Quase sempre vai para o favorito, e ao contrário do que aconteceu ano passado – quando o então desconhecido “Guerra ao Terror” abocanhou o prêmio de Melhor Filme do favoritíssimo “Avatar”, numa votação que envolve quase 6 mil pessoas do meio cinematográfico, e que é mais misteriosa que batina de padre -, nesta 87ª Festa da Academia de Ciências e Artes Cinematográficas de Hollywood, repetiu-se uma tendência que caracteriza a festa. Como já era esperado, “O DISCURSO DO REI” levou os prêmios de Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Ator (Colin Firth) e Melhor Roteiro Original. Os prêmios para “A ORIGEM” não foi nenhuma novidade. Todo mundo apostava que levaria a maioria das láureas técnicas por conta de um audacioso projeto de colocar na tela, de maneira muito clara para o telespectador, a realidade de cinco mundos visualmente distintos. Foi premiado com Melhor Fotografia, Som, Efeitos Sonoros e Efeitos Visuais. “A REDE SOCIAL” fazia parte deste grupo seleto de candidatos, e colocou na mochila as estatuetas de Roteiro Adaptado, Montagem e Trilha Sonora. “INVERNO DA ALMA”, mesmo com a forte interpretação de uma atriz coadjuvante, não levou nada – confirmando o “mistério da batina do padre”, pois, assim como ninguém sabe o que há por baixo da roupa do religioso, ninguém sabe o que passa pela cabeça desses quase 6 mil votantes.

“O VENCEDOR”, outro entre os favoritos, conseguiu 2 estatuetas: Melhor Ator e Atriz coadjuvantes.

Saindo um pouco deste time de filmes sérios – por vezes pomposos -, sobraram prêmios para produções mais oxigenadas como o festejado “ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS”, com os Oscar de Melhor Direção de Arte e Melhor Figurino, seguido do simpático, criativo e quase adulto “TOY STORY 3” que, sem muito esforço, colocou na caixa de brinquedos da personagem Andy os prêmios de Melhor Filme de Animação e Melhor Canção. Para o tão esperado “CISNE NEGRO” sobrou somente um prêmio, mas de muito valor, principalmente para quem for conferir o talento e o carisma da ótima Natalie Portman, cuja interpretação rendeu o Oscar de Melhor Atriz, prêmio mais do que merecido para uma jovem que colocou a alma neste projeto: ela levou um ano inteiro na preparação da personagem.

Não vale a pena falar dos outros filmes e prêmios, até porque alguns ainda nem entraram no circuito das salas de cinema brasileiras, mas vale um comentário à participação do Brasil com o documentário “LIXO EXTRAORDINÁRIO”. Vencedor dos prêmios de público nos festivais de Sundance e Berlim em 2010, a trama mostra com detalhes o projeto social do artista plástico brasileiro Vik Muniz com catadores do lixão de Gramacho, em Duque de Caxias (RJ). O documentário é instigante, criativo, diferente e comovedor. No entanto... havia uma pedra no caminho chamada “TRABALHO INTERNO”, de Charles Ferguson, que acabou levando o prêmio na categoria. Mas, como compensação, do tipo “nada se perde, tudo se aproveita”, talvez o maior vencedor dentro da equipe envolvida com o documentário tenha sido o brasileiro Tião, um catador-ator vindo de uma comunidade pobre, que de uma hora pra outra se viu nos EUA entre as estrelas do primeiro time de Hollywood, evento que certamente ficará marcado em sua memória como uma grande e motivadora experiência de vida.

E a festa? Se você disser que foi um fracasso, vou concordar em todos os sentidos. Anne Hathaway e James Franco, auxiliados pela falta de qualidade nos textos, conseguiram a proeza de errar em tudo, numa apresentação que, pelo que conferimos na telinha, revelou-se sem ritmo, sem graça e, por vezes, de mau gosto, como no momento em que se homenageava os astros e técnicos falecidos no último ano - uma atração que sempre gera muita emoção. Pois eles conseguiram ironizar a importante homenagem para aqueles que já se foram. Óbvio que não era esta a intenção, e os culpados pelo que deixaram transparecer na tela, talvez atendam pelos nomes de nervosismo e falta de motivação, ocasionada por um desempenho que, naquela altura da festa, eles já deveriam ter reconhecido como fraco. Aí caíram na armadilha: cometeram o equívoco de tentar dar mais gás à festa com mais uma das tantas “saídas” totalmente sem graça. Foi pior do que tentar explicar uma piada em que ninguém riu.

Se houve algum bom momento, com certeza foi a presença do veterano Kirk Douglas que, contrariando os “abutres” que diziam que ele não sobreviveria a 2010, apareceu por lá, lépido e faceiro, e protagonizando um diálogo que não estava nem de longe dentro do roteiro. Bateu um papinho com a apresentadora como se estivesse de pijama na varanda da sua casa, provocando risos abafados na platéia e pavor nos organizadores que já se preparavam para retirá-lo de cena na base do “pega do braço e leva!”.

Podem ter certeza de que a festa deste ano não vai deixar saudade.

Saudade mesmo nós sentimos da entrega de prêmios nos anos 1970 e 1980, quando robôs do clássico “Guerra nas Estrelas” entraram no palco e interagiram com os apresentadores, dos personagens dos desenhos animados da Disney falando do púlpito à platéia presente, com efeitos especiais que naquela época se tornavam ainda mais complexos na hora de explicar como haviam sido feitos. Vivia-se um clima de mistério em torno das grandes produções, e era este “tempero” que dava mais gosto na hora de assistir a entrega do Oscar. Saudades também de momentos marcantes e polêmicos, como na festa de 2005, em que o documentarista Michael Moore subiu ao palco para receber a estatueta de melhor documentário por “Fahrenheit, 11 de Setembro” e, sem aviso prévio, botou a boca no mundo, e mais particularmente no Presidente George Walker Bush, chamando-o de “presidente fictício, eleito numa eleição também fictícia”, numa clara alusão a “garfada” de votos no estado da Florida e uma crítica feroz à invasão americana no Iraque.

E a grande ironia é que naqueles tempos de show de efeitos especiais no palco, ao vivo, e performances musicais pra lá de trabalhadas, não havia a tecnologia de que dispomos hoje. Com efeitos especiais produzidos em oficinas de “fundo de quintal”, a festa era muito mais emocionante.

Uma certeza nós temos: a Academia de Ciências e Artes de Hollywood passa por uma crise. Pode ser administrativa, onde acontecem muitos desmandos, tendo como conseqüência decisões erradas. Muda a gestão e as coisas melhoram; pode ser econômica, por conta da crise financeira de 2008. A economia americana está reagindo e isto passa; mas, se o problema diz respeito à criatividade, aí a coisa é mais séria, porque criatividade é um órgão vital no funcionamento do corpo da Sétima Arte.

Ano que vem teremos outra festa. Torçamos para que a bela e talentosa Anne Hathaway e o James Franco participem apenas como espectadores, sentados entre a platéia, ou como candidatos a algum prêmio. Do contrário, corremos o risco de vê-los rolando pelo chão, às gargalhadas, anunciando a morte recente de algum astro ou estrela de Hollywood.

Na dúvida, melhor convocar o velho e talentoso Kirk Douglas. Mesmo que ele se apresente de pijama e queira bater um papinho informal com os vencedores, fará um show bem mais original do que o fiasco protagonizado pela dupla deste ano.

Um ótimo feriadão a todos. Até a próxima!

- OS FILMES COMENTADOS AQUI , VOCÊ ENCONTRA NA 2M VÍDEO -

- CONFIRA A “SUPERPROMOÇÃO DE CARNAVAL” NO FINAL DA COLUNA -

DICAS DE FILMES PARA O FERIADÃO DE CARNAVAL

NOSSO LAR: baseado na obra homônima, psicografada pelo médium Chico Xavier, ícone da Doutrina Espírita no Brasil e parte do mundo, conta a impressionante trajetória de André Luiz, um médico que, após sua morte, acorda no mundo espiritual. Com um certo pavor diante do cenário que se apresenta, começa sua nova jornada de autoconhecimento e transformação numa dimensão de dor e sofrimento, até ser resgatado e levado para a cidade espiritual “Nosso Lar”, que paira nas camadas mais altas da atmosfera terrestre. Com finalização de efeitos especiais realizada por uma produtora canadense, surpreendeu o público brasileiro pela qualidade técnica. Por conta da credibilidade do Chico e pela rápida expansão da Doutrina, lotou as salas de cinema no país inteiro. A beleza da história que foi “ditada” ao médium pelo próprio André Luiz, e a consagração do livro - muito difundido e traduzido em várias línguas -, ajudou no sucesso da produção. Para os seguidores da Doutrina é o melhor filme já produzido até hoje em termos de fidelidade doutrinária, e para os não seguidores – ou mesmo para os que não acreditam em vida após a morte -, pode servir como uma lição de humildade e novos conhecimentos acerca do reconhecimento do ser humano como “ser” exclusivamente espiritual na sua essência mais pura. O ponto alto da história se dá quando é permitido que André Luiz “em espírito” visite seus familiares. É aí que ele percebe a Grande Verdade: a vida continua para os que desencarnaram e para os que ficaram. Emociona também o encontro de André com a sua mãe que havia morrido antes dele. Produção impecável e um roteiro que permite ao público compreender com mais facilidade e clareza os principais fundamentos do espiritismo.

Tema/gênero: vida após a morte/drama Tempo: 109 minutos

ANJOS E DEMÔNIOS: seqüência do aclamado e polêmico “O Código da Vinci”, traz novamente o Tom Hanks na pele do simbologista Robert Langdon. Desta vez, ao invés de o Vaticano contestá-lo por conta de verdades que estariam ocultas dos olhos da humanidade, a Santa Sé decide pedir sua ajuda quando quatro cardeais são seqüestrados por um inimigo mortal da Igreja: uma sociedade secreta conhecida como “Os Illuminati”. Auxiliado por uma linda cientista, Langdon segue pistas ancestrais em uma caça frenética atravessando catacumbas, catedrais, criptas e a biblioteca mais secreta do mundo num esforço para deter “Os Illuminati”, antes que matem os cardeais e detonem uma bomba que mandará a Cidade do Vaticano para os céus. Imperdível! Reúna a família e tente decifrar os inteligentes enigmas que se apresentam ao longo da trama.

Tema/gênero: segredos ancestrais/ação e suspense Tempo: 146 minutos

UM CRIME DE MESTRE: para escrever a sinopse deste filme não é preciso discorrer muito. Basta dizer que o protagonista é o mais do que consagrado Anthony Hopkins. Vivendo na pele de um engenheiro aeronáutico casado com uma bela mulher, descobre que ela o está traindo. Ele não pensa duas vezes: comete o assassinato da esposa a sangue frio e apresenta uma confissão mais do que objetiva. Como ele é muito inteligente, cria um complexo labirinto em torno do caso, sendo colocado em liberdade. Mas, o também inteligente promotor do caso não descansará antes de ver o assassino atrás das grades. Então entra em cena o duelo de duas mentes brilhantes, quando o personagem de Hopkins desafia o tribunal e a polícia a provar que foi ele o assassino. Foi um dos melhores filmes de suspense de 2009. Imperdível!

Tema/gênero: crime premeditado/suspense Tempo: 113 minutos

CORRIDA MORTAL: num primeiro momento você olha para a capinha do filme e diz: “ah! Mais um filme da turma dos Velozes e Furiosos...”. Mas não. A produção tem, claro, corrida de carros que acontecem numa superprisão, e que faz muito sucesso porque são transmitidas via internet. Se você quer uma rápida avaliação do caráter da diretora do presídio, basta dizer que é ela quem mais fatura com essas transmissões. Os carros são equipados com armas pesadas e os pilotos lutam para vencer a corrida e manterem-se vivos. Jensen Ames (Jason Statham) acaba de ser preso e é convencido pela diretora a tomar parte na competição. Se ele vencer está livre. Só que o que está por trás da proposta é uma promessa mais do que falsa. É aí que ele – um inocente preso injustamente -, fará de tudo para escapar. O final é inesperado, deixando o roteiro do filme ainda mais interessante.

Tema/gênero: sobrevivência/ação e suspense Tempo: 110 minutos

O SOM DO CORAÇÃO: o nome mais conhecido desta ótima e sensível produção é o do Robin Williams, mas quem rouba a cena é o jovem ator que interpreta August Rush, nascido de uma aventura amorosa entre um guitarrista e uma violoncelista. Criado num orfanato, ele não perde a determinação de um dia encontrar os pais. Dono de um talento musical impressionante, depois de fugir da instituição, ele se apresenta nas ruas de Nova York, sob o olhar atento de dezenas de pessoas, e os cuidados da personagem do Williams, que explora crianças de rua. Ainda mais decidido a conhecer seus pais, ele foge das garras do explorador e continua com a certeza de que o grande encontro está prestes a acontecer. As cenas do talentoso menino demonstrando suas habilidades para um pastor, valem todo o filme. Assista e se emocione.

Tema/gênero: dom musical/drama e aventura Tempo: 113 minutos

O CAÇADOR DE PIPAS: hoje em dia, escritores árabes fazem muito sucesso entre os leitores do mundo ocidental, mas nunca um filme marcou tanto e emocionou tanta gente como este. Baseado num best-seller homônimo de Khaled Hosseini, a história é ambientada no Afeganistão e conta a história de Amir e Hassan, amigos fieis, até que um evento os separa. Anos depois, Amir, que mora nos EUA, vai abraçar uma perigosa missão para corrigir os erros do passado que envolve o amigo Hassan – e se redimir de uma maneira que jamais imaginou -, demonstrando o máximo em coragem e devoção a seu amigo. Mais do que uma bela produção, com uma paisagem exótica que não estamos acostumados a ver, “O Caçador de Pipas” nos permite acreditar que pode existir justiça no mundo. Um filme do tipo “lição de vida”, e que deve ser assistido por todos, principalmente por mostrar – sem “filtros” - uma visão do mundo árabe mais autêntica, bem diferente daquela que assistimos todos os dias nos telejornais da TV aberta. Uma bela obra que, acima de tudo, se torna esclarecedora.

Tema/gênero: amizade/drama Tempo: 127 minutos

2M VÍDEO

AV. MASCARENHAS DE MORAES, 642 – CENTRO

FONE: (55) 3232-6419

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