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Coluna Giancarlo Bina


HIPERPROLACTINEMIA
Esta semana, recebemos a pergunta de uma leitora do Coluna que nos solicita esclarecer dúvidas sobre um problema muito frequente na área da Endocrinologia e Ginecologia: o aumento nos níveis do hormônio PROLACTINA (Hiperprolactinemia).
Aneuroendocrinologiaé a ciência que trata dos problemas endócrinoscausados por problemas neurológicos como as doenças hipofisárias (hipófise = glândula localizada no cérebro, produtora de hormônios controladores da produção de hormônios de muitas outras glândulas do corpo) ehipotalâmicas (hipotálamo = parte do cérebro que controla a hipófise).

A hipófise, como informado, produz e secreta alguns hormônios controladores do bom funcionamento datireóide, dos ovários, testículos, glândulas supra-renais e hormônios decrescimento. Os hormônios são os seguintes: adrenocorticotrófico (ACTH), tireotrófico (TSH), gonadotróficos ou luteotrófico (LH), folículo-estimulante (FSH), prolactina (PRL) e de crescimento (GH). Sendo assim, a Prolactina é produzida na Hipófise.
Nos quadros de Hiperprolactinemia podem ocorrer sintomas relacionados à ação desse hormônio em vários sistemas do corpo, tais como: secreção de leite pelas mamas, diminuição da libido, irregularidade menstrual, ganho de peso por retenção líquida, cefaléia, diminuição da fertilidade e alterações visuais. Essa situação acomete mais comumente as mulherese, normalmente, tem relação com surgimento de nódulos na Hipófise.
Os nódulos que surgem na Hipófise podem ser divididos em Microadenomas e Macroadenomas, sendo diferenciados por exames de imagem: Tomografia Computadorizada ou Ressonância Magnética. São alterações normalmente benignas , em sua maioria tratadas com medicação via oral, sem necessidade de intervenção cirúrgica.
Existem, atualmente, dois tipos de tratamento via oral que contribuem para redução dos níveis da Prolactina e alívio dos sintomas: a Bromocriptina (PARLODEL )  é mais  antiga no mercado, usada diariamente, com alguns sintomas adversos, tais como náuseas, vômitos, cefaléia, com redução à médio prazo dos níveis do hormônio. Já a Cabergolina (DOSTINEX) é um fármaco mais moderno, com menores efeitos adversos, sem necessidade de uso diário e com resolução do quadro à curto prazo.
Por fim, fica o recado de que o mais importante é manter o acompanhamento com seu médico, identificando a melhoria do quadro com o tratamento aplicado e regressão dos sintomas.

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