Dicas de vídeo com Marco Medina

FILME SOBRE A ELIMINAÇÃO DE OSAMA BIN LADEN PODERÁ TRAZER INFORMAÇÕES SURPREENDENTES; OU JOGARÁ AINDA MAIS PARA O FUNDO UMA VERDADE QUE JÁ É OCULTADA PELOS EUA

     “Vivemos em um mundo de mentiras sistemáticas”. A iluminada constatação é do grande José Saramago, escritor português, Prêmio Nobel de Literatura, morto ano passado depois de enfrentar corajosamente uma enfermidade.

     O filme “KILL BIN LADEN” (Matem Bin Laden, na tradução literal), contando uma tentativa de assassinato do líder da Al-Qaeda em 2001, estava praticamente pronto. Mas a notícia veiculada no início da madrugada do dia 2 de maio deste ano, logo depois da noite de domingo, pegou todos de surpresa: um esquadrão de elite do exército norte-americano havia matado o terrorista saudita, Osama Bin Laden, em um esconderijo no Paquistão. A diretora do filme, Kathryn Bigelow, vencedora do Oscar do ano passado por GUERRA AO TERROR, recomendou ao roteirista Mark Boal que mantivesse a trama original adicionando no clímax da produção a bem sucedida operação de 2011, que culminou com a eliminação de Bin Laden.

     É nesta “adição” ao roteiro que reside o perigo de vermos na tela uma versão maquiada e distante da realidade, já que o próprio governo norte-americano ocultou diversas informações a respeito da operação.

     Um correspondente internacional da Rede Globo, ao se reportar a uma hipótese “ventilada” na imprensa americana, externou seu parecer – certamente um arremedo do que disseram as agências norte-americanas de notícias -, afirmando que a hipótese de o corpo não ser de Osama Bin Laden era praticamente nula, pois o governo americano não iria brincar com um assunto desses.

     Quem garante?

     Até hoje, pesquisadores, curiosos e um sem fim de especuladores, duvidam que os ataques terroristas do fatídico 11 de setembro tenham sido tramados exclusivamente pela Al- Qaeda, movimento extremista liderado de forma precária por Bin Laden. Existem dois laudos técnicos de engenheiros americanos, afirmando que seria impossível derrubar as Torres Gêmeas daquela maneira, pois as características se apresentavam como resultado de “implosão programada”. E mais: as vigas de sustentação não despencariam daquela maneira. Seria preciso cortá-las para poder derrubar os prédios. Tudo leva a crer que houve uma implosão previamente preparada. Outros dados: 90% dos que morreram nas torres gêmeas eram imigrantes e o sistema de segurança foi “relaxado” dias antes. Outra questão interessante: alguém leu, viu ou ouviu algum familiar se lamentando por ter perdido um parente nos aviões que foram jogados contra o World Trade Center? Especialistas e engenheiros aeronáuticos dizem ter fortes motivos para acreditar que eram aviões militares “maquiados” e teleguiados.

     Tudo bem! Podem protestar e ironizar dizendo que é mais uma entre tantas “Teorias da Conspiração”, ou seja, “coisa de louco” ou “idiotices da internet”. Mas...

     Alguém sabe dizer quem foi o primeiro homem a orbitar o espaço? Yuri Gagarin, certo? Errado! O primeiro homem a realizar esta proeza está vivo e é engenheiro aeronáutico na extinta União Soviética. O feito dele foi o mesmo de Yuri, só que na reentrada a cápsula caiu em território chinês e ele ficou um mês hospitalizado à beira da morte. O governo russo considerou a missão um fiasco, porque disputava a Corrida Espacial com os EUA. Então, ACOBERTARAM tudo e, mais tarde, Yuri Gagarin repetiu a missão, levou todas as láureas, ocultando a identidade do verdadeiro herói, configurando uma das maiores injustiças de que se tem notícia. Se você duvida, confira no documentário “A HISTÓRIA SECRETA DO ESPAÇO”. Lá está o verdadeiro herói contando a sua versão, e com farta documentação para comprovar.

     O exemplo acima é só para ilustrar o poder que alguns governos têm na hora de ocultar os conhecidíssimos “segredos de estado”, corajosamente escancarados pelo site Wiki-Leakes.

     Temos muitos filmes que expõe de forma clara a versão verdadeira dos fatos, fugindo da versão oficial divulgada pela imprensa aberta que, não raro, obtém informações oriundas de fontes “plantadas” pelos próprios autores das barbáries.  

     “O BOM PASTOR” trouxe à luz toda a sujeira que existe por trás da criação da CIA, agência de informações norte-americana, e que ficou anos a fio escondida nos arquivos secretos do governo dos EUA. Assistindo ao filme, você fica com a certeza de que a “Cartilha do Terrorismo” foi criação da própria CIA, com direito a “capítulos” dedicados a técnicas de tortura.

     “A CAÇADA” nos mostrou o lado negro da ONU na hora de perseguir e capturar um criminoso de guerra, missão executada por um jornalista obcecado em reparar uma injustiça, episódio que revelou as mazelas desta organização que foi criada justamente para realizar este tipo de serviço, mas que não o executou. E, falando em ONU, mais uma vergonha mostrada sem reservas na produção “HOTEL RUANDA”, onde – pasme! -, o gerente de um hotel salvou a vida de 1200 pessoas, entre mulheres e crianças, papel que deveria ter sido desempenhado pela famigerada ONU, a mesma que sai em férias quando se dá conta que os EUA não respeitaram suas “recomendações”. Ou seja, a ONU faz o papel da mãe passiva e submissa que aceita as mal-criações do filho.

     Quer saber de mais mal-criações? Assista ao filme “PLATOON” e fique arrepiado assistindo as atrocidades cometidas contra mulheres e crianças vietcongues por soldados americanos durante a Guerra do Vietnã, sob as grossas vistas da Organização das Nações Unidas, num momento em que o mundo inteiro clamava pelo fim do conflito.  

     Quem matou o presidente John Kennedy? No bem documentado relato da investigação, passo a passo, mostrado no filme “JFK, A PERGUNTA QUE NÃO QUER CALAR”, o implacável assassino seria Lee Oswald. Coitado! Não mataria nem uma mosca. Mas o governo norte-americano precisava de um nome, e até hoje a grande mídia despreza uma informação que justificaria o assassinato do presidente: a Indústria Bélica “necessitava” da Guerra do Vietnã, pois seu negócio é vender armamentos, e, como o presidente Kennedy era contra a guerra, foi eliminado com um tiro certeiro, como quem mata uma mosca, a mesma que o Lee Oswald seria incapaz de matar.

     E, falando em indústria, lembremos dos grandes conglomerados e seus interesses obscuros. No filme “O JARDINEIRO FIEL”, a indústria farmacêutica mostra sua verdadeira face, quando usa comunidades miseráveis do continente africano para testar seus novos medicamentos. Quem vai se importar com efeitos colaterais, quando uma minoria esquecida e miserável morre de fome? Há dúvidas quanto à veracidade desta afirmativa? Então atente para esta notícia veiculada em 2 de outubro de 2010: “análise publicada na última edição do ‘British Medical Journal’ acusa a indústria farmacêutica de ter financiado pesquisas para transformar falta de desejo feminino em doença. Entenda-se por isso ‘viagra feminino’. Objetivo: vender remédios”.

     “SYRIANA”, protagonizado pelo George Clooney, explicitou a ligação de famílias sauditas com empresas petrolíferas dos EUA, inclusive, a família Bin Laden, berço do seu arqui-inimigo Osama, que aprendeu a fazer terrorismo com o próprio exército americano durante a tentativa de invasão russa ao Afeganistão em 1979 e, ironicamente, como aliado dos EUA.   

      Não se engane! José Saramago tinha razão: “VIVEMOS EM UM MUNDO DE MENTIRAS SISTEMÁTICAS”. E o que nos deixa meio “adormecidos” para este tipo de informação, é que somos ou nos tornamos reféns da mídia de massa, principalmente a TV Aberta, a mesma que nunca mostrou uma reportagem investigativa sobre os efeitos nocivos do refrigerante Coca-Cola à saúde humana, porque a empresa que o fabrica é um dos principais anunciantes.

     O que esperamos do filme “KILL BIN LADEN”, é que a diretora retrate com fidelidade todos os fatos e procedimentos desta operação secreta, e que não faça desta produção um novo “FOMOS HERÓIS”, estrelado pelo Mel Gibson, onde os soldados norte-americanos foram milagrosamente retratados como heróis, contrariando a terrível verdade: os invencíveis soldados norte-americanos levaram uma surra dos frágeis vietcongues e, ainda pior, voltaram para casa com a derrota e a vergonha de terem tripudiado sobre o inimigo, subestimando sua capacidade.

     Será que a diretora de “Matem Bin Laden” irá questionar a quebra do respeito à soberania do Paquistão, que foi invadido sem qualquer aviso ou acordo? Como explicar que o correto seria enviar Osama Bin Laden a um Tribunal Penal Internacional, ao invés de matá-lo covardemente - mesmo sendo um terrorista -, ignorando o correto procedimento à luz do Direito Internacional? Como justificar à Comunidade Árabe que um dos seus – mesmo um criminoso – não teve direito a um enterro que seguisse os preceitos do Islã? Se isto for questionado, é óbvio que a justificativa virá logo em seguida com argumentos mais do que conhecidos: os procedimentos visavam à Segurança Nacional e ao incremento da interminável Guerra ao Terror, exaltando mais uma vez a mais pura essência do patriotismo norte-americano.

     E a verdade, hoje escondida, talvez só venha à tona daqui a alguns anos, quando os verdadeiros protagonistas confessarem no leito de morte - vergado pelo peso da consciência -, a versão real de uma história que ficou guardada à sete chaves pelo governo norte-americano.          

    Se a diretora Kathryn Bigelow for corajosa e nos apresentar uma versão investigativa e questionadora, continuaremos admirando-a como a competente profissional que sempre foi. Mas, se ela se render ao já conhecido apelo do governo norte-americano para que não esqueça do “patriotismo”, obrigando-a a ocultar detalhes obscuros da operação que fuzilou Bin Laden, mesmo assim, continuaremos reconhecendo a qualidade do seu trabalho como diretora cinematográfica, mas seremos obrigados a questionar seu valor como pessoa pública, que teve na mão um recurso para apresentar uma verdade, mas que decidiu ocultá-la em nome de um falso patriotismo e de benefícios financeiros, num país onde a democracia é muito exaltada e pouco praticada.         

     Um ótimo final de semana a todos. Até a próxima!  

      

CONFIRA AS PROMOÇÕES DA 2M VÍDEO NO FINAL DA COLUNA

LANÇAMENTOS

O RITUAL: depois do filme “O Exorcista” e do “Exorcismo de Emily Rose”, o tema “exorcismo” emerge das profundezas do desconhecido e conquista platéias do mundo inteiro. Tratado de maneira séria, já que é baseado em fatos reais, fica ainda mais sério quando o protagonista é interpretado pelo craque da cinematografia mundial Anthony Hopkins. Ele interpreta o Padre Lucas, personagem real que já realizou mais de mil exorcismos. Pois é para este “carrasco do demônio” que é enviado como aprendiz de exorcista um jovem seminarista, muito bem desempenhado pelo Colin O’Donoghue. Junto com o padre, ele irá testemunhar fenômenos sobrenaturais que não podem ser explicados pela ciência convencional, levando-o a questionar sua própria fé. A produção é impecável, os cenários são perfeitos e os atores secundários dão um show de interpretação. E, para orgulho nacional, uma atração à parte: uma das protagonistas é Alice Braga, atriz brasileira, sobrinha da Sônia Braga que, pela beleza, é bem capaz de deixar o público masculino “possuído”. Brincadeira! A produção é impecável. Não deixe de ver.

Gênero/tema: suspense sobrenatural/exorcismo                   Tempo: 113 minutos

RIO: recém falamos em orgulho nacional. Eis aqui outro: Carlos Saldanha, brasileiro radicado nos EUA há mais de dez anos e que dirigiu esta produção da FOX. Ele já fez muito sucesso com “A Era do Gelo”, atuando como co-diretor no primeiro, produtor no segundo e diretor no terceiro filme desta série de sucesso indiscutível. Agora fez valer o patriotismo, levando para telas e telonas do mundo inteiro esta divertidíssima aventura da arara Blu, que vive com a dona em Minnesota, EUA, mas que vem ao Brasil para conhecer uma outra arara azul que vive no Rio de Janeiro. Blu acaba conhecendo Jade, mas são seqüestrados por um grupo de atrapalhados contrabandistas de animais. Quer saber o final da história? Assista ao filme e divirta-se com a família. As risadas são garantidas.

     

Gênero/tema: comédia de animação/amizade                          Tempo: 95 minutos

DESCONHECIDO: se você achou os filmes “Um Crime de Mestre”, “Encurralados” e “A Vida de David Gale” pra lá de inteligentes, confira este que é um dos mais bem arquitetados roteiros de que se tem notícia nos últimos anos. Liam Neeson, um dos melhore atores americanos, interpreta um cientista que vai com a esposa até Berlim para uma conferência internacional sobre ciência. Quando se dá conta de que esqueceu sua valise no aeroporto, retorna para recuperá-la, deixando a esposa no saguão do hotel. No percurso, sofre um acidente e vai parar num hospital. Quando acorda, descobre que a esposa não o reconhece e que outro homem assumiu sua identidade. Ignorado por autoridades incrédulas e caçado por assassinos misteriosos, ele se vê sozinho e mergulha de cabeça em um mistério mortal que vai obrigá-lo a questionar sua sanidade, sua identidade e até onde ele está disposto a ir para descobrir a verdade. Com cenas rodadas na Berlim da atual Alemanha, o cenário caiu como uma luva para as seqüências de ação que envolve muitas perseguições e revelações surpreendentes. Mas o melhor é perto do final: quando você acha que já desvendou tudo, vem uma nova surpresa para mostrar que o roteirista e o autor da história são de uma genialidade admirável. É, sem dúvida, um dos melhores filmes de suspense que vai entrar para a história do cinema.

Gênero/tema: suspense e ação/identidade                                 Tempo: 113 minutos          

       

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SÁBADO > PACOTE COM 4 FILMES > PAGUE SÓ 3 > DEVOLVA NA TERÇA

OBS: OS “PACOTES” TAMBÉM SÃO VÁLIDOS DE SEGUNDA A QUINTA COM DEVOLUÇÃO EM 48 HORAS.