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Na moda

Flávio Henrique Soares
Estilista e colunista do blog

MAIO MÊS DAS NOIVAS 
Parte I 

Vestido de Cetim e renda rebordada (modelo center noivas)

O momento da escolha do vestido de noiva é sempre esperado com alegria e preocupação. Escolher o mais lindo... O modelo que você sonha, é uma tarefa que tira o sono de muitas noivas. Neste espaço reservarei várias dicas e sugestões para as futuras noivas que estão em busca do seu precioso vestido. A matéria estará dividida em cinco partes: modelos de vestidos, tendências, acessórios a serem usados e detalhes sobre o que você pode ou não usar numa data tão especial. 

A HISTÓRIA DO VESTIDO DE NOIVA 

Sabem de onde vem e por que existe essa tradição? Na Europa, no período da Idade Média, o casamento passou a ser considerado um sacramento religioso. Essa decisão foi tomada para que as famílias garantissem e aumentassem seus patrimônios, principalmente por estarem vivendo em época de invasões bárbaras. O vestido de noiva surgiu com a função de mostrar à sociedade que a família da noiva possui muitos bens, ou seja, veio como uma simbologia de poder e função social. 
Logo quando surgiu, o vestido de noiva era vermelho, ricamente bordado e sobre a cabeça um véu branco bordado com fios dourados. O vermelho representava a capacidade da noiva de gerar sangue novo e continuar a estirpe. O véu branco falava da sua castidade. 
Para a classe burguesa o casamento também representava a união de patrimônios entre as famílias, mas a cor do vestido era verde, símbolo da fertilidade. 
Quando chega o Renascimento, as apresentações das noivas passaram a ser cada vez mais luxuosas. Os vestidos eram de veludo, brocado, com o brasão da família. A cor era de acordo com a casa a qual estava se tornando parte. A tiara passou a ser acessório obrigatório e, é ela a ancestral da grinalda. No fim do Renascimento, o preto passa a ser considerado uma cor correta a ser usada publicamente. Várias noivas adotam este estilo. 
No período do Rococó, as noivas se casavam com tecidos brilhantes, bordados com pedrarias, babados de renda nas mangas, decotes e cores pastéis, lilás, pêssego e verde malta. Esses modelos foram adotados tantos pelas noivas ricas quanto pobres. 


Cena do filme “Maria Antonieta”, onde há a reprodução do vestido feito 
por Rose Bertin para a Rainha. 

Na Revolução Francesa o estilo luxuoso é deixado de lado para dar lugar aos vestidos mais simples, como forma de valorizar a pureza de caráter. Surge também o véu branco e transparente, tecidos de linho, lã e opaco. Em 1854, as noivas agregam como acessório para as mãos um terço ou um livro de orações como forma de expressar sua religiosidade. Depois da segunda metade do século XIX, o buquê passa a ser o acessório oficial para as mãos, por representar paixão. No Iluminismo o vestido branco além de simbolizar pureza e castidade, simboliza luz. 
Desde a Rainha Vitória que, em 1840, iniciou-se a tradição dos vestidos de noiva brancos. São várias as noivas que marcaram época e fizeram com que seus modelos de vestidos esgotassem em poucas horas de vendas.
O casamento da atriz Grace Kelly e o Príncipe Rainer, em abril de 1956 foi considerado o casamento do século e ela a noiva mais bela dos últimos séculos, o seu vestido de noiva foi o vestido mais copiado da época e continua inspirando muitas noivas, a noiva usou renda, com a cintura bem marcada e de gola alta. 


Nos anos 80, as mulheres resolvem reacender toda a tradição do casamento e começam a usar vestido estilo princesa. Uma ótima referência é o vestido de casamento da princesa Lady Diana. 


Lady Diana 

Hoje, existem os mais variados modelos de vestidos de noivas, com uma diversidade de tecidos , bordados, rendas e cores.

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