Ex-reitor e ex-diretor da UFSM são condenados em ação de improbidade administrativa
O ex-reitor da UFSM, Paulo Sarkis, e o ex-diretor do Centro de Processamento de Dados da instituição, Sérgio João Limberger, foram condenados pela Justiça Federal por improbidade administrativa. Conforme a sentença, os dois terão de devolver R$ 5,1 milhões que teria sido indevidamente utilizados e, além disso, estabeleceu multas nos valores de R$ 50 mil para Sarkis e R$ 100 mil para Limberger.
A ação civil pública foi ajuizada em 2007 pelo Ministério Público Federal (MPF). Segundo o MPF, teria havido desvio de finalidade na aplicação de recursos públicos oriundos de um convênio firmado em 2001 entre o Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais (Inep) e a Universidade Federal de Santa Maria para o desenvolvimento de um projeto na área de informática.
Segundo a Justiça, a UFSM teria recebido R$ 4,3 milhões para a realização do projeto, valor que teria sido repassado à Fundação de Apoio Educacional de Santa Maria (Fatec) por meio de um contrato com dispensa de licitação.
Já a Fatec teria subcontratado empresas privadas para a tarefa, que têm professores e analistas de sistemas da universidade como sócios.
O jornal Diário de Santa Maria entrou em contato com o ex-reitor, que afirmou não reconhecer nenhum prejuízo ao erário ou ao Inep pela execução desse projeto e muito menos qualquer ação ou omissão pessoal no exercício da Reitoria da UFSM.
Giovani Bortolini, que é advogado do ex-diretor do CPD, disse que seu cliente é inocente e que não há provas de desvio de dinheiro público. Ele ressalta ainda que o produto contratado pelo Inep foi entregue de forma satisfatória e confirmou que irá recorrer da sentença.
A decisão é em primeira instância, e todos os réus podem recorrer.
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