Coluna-Ponto-de-Vista-2

Palavras soltas

Cecília de Assis Brasil Petrarca Figueiredo
Colunista do blog

Vivemos como peixes perdidos em um grande aquário...
Enquanto nós humanos ousamos olhar para cima e contemplar o céu, nos despedaçamos em cacos dentro de um imenso campo de eletricidade. Somos átomos imersos, em nossos preceitos, preconceitos dogmas, pecados,medos, desejos, ambições...
Mas o que nos segura aqui? Que é esta tal de gravidade? Algo com o qual podemos nos segurar? Onde está o contra peso das nossas fraquezas? Onde está o diretor deste teatro de peixes que não conseguem mais viver em seu próprio habitat? 
Naufragamos no peso do nosso próprio corpo cada vez que damos vazão aquilo que faz parte da obscuridade. É extremamente paradoxal pois somos seres abissais dentro deste grande aquário de modo que estejamos de certa forma cegos na escuridão. 
Sem toques, sem afeto, sem gestos de bondade, sem alegria, sem brilho no olhar, sem ânimo, sem sensação, sem carinho somos como mostros oceânicos criados em cativeiro, quando nos soltamos à merce da grande correnteza da sociedade estamos vulneráveis a permutar nossa vida inteira e nossas alegrias em troca de conforto momentâneo. 
Porque é isso que muitas vezes o convívio social nos proporciona. Chego a esta conclusão particularmente porque quanto mais se convive com os "outros" maior é a frieza e insipidez com que se tratam os mesmos. Nesta banalidade cotidiana onde as regras são "segure-se quem puder", "quem pode mais chora menos" ou " o maior engole o menor", onde todos impõem leis de hipocrisia, delimitando territórios onde tudo deveria ser infinitamente livre, onde a personalidade e a verdade que habita em cada, um deveria ser sem cercas, sem paredes, sem terreno marcado ou censura; onde a única fronteira deveria ser a que separasse o bem do mal, o certo do errado, a justiça da covardia, a calúnia da verdade, a honra da indignidade, a fé do oportunismo, a amizade da falsidade e Deus dos falsos profetas. E o que vemos é uma humanidade preocupada com o que é bonito aos olhos mas que fere os corações; pessoas que fazem uso de máscaras que encobrem os sorrisos abertos e os olhares verdadeiros...
E eu me pergunto, para onde caminha a humanidade? Não sei....
Pelo sim pelo não, continuarei sendo este ser extraterrestre deslocado do mundo moderno, mas defendendo minha opinião e sendo como sou. E já que todos se sentem no direitos de criar leis, eu também tenho a minha: Aceite-me ou renegue-se. Ponto.

Aos pais de todo o mundo o meu mais profundo respeito e o meu afetuoso abraço. Ao meu e ao meu avô que também foi pai, a minha saudade e a minha certeza de que nunca nos separamos, embora tenha entre nós a barreira física que nos coloca em vidas diferentes. Mas nossos corações e o nosso amor estão e estrarão unidos para sempre... até o encontro final...

5 comentários:

  1. Cecília de Assis Brasil Petrarca Figueiredo9 de agosto de 2013 às 15:19

    Vou repetir o parágrafo que fiz depois da coluna, pois tem alguns errinhos, perdoem;
    "Aos pais de todo o mundo o meu mais profundo respeito e o meu afetuoso abraço. Ao meu e ao meu avô que também foi meu pai, a minha saudade e a minha certeza de que nunca nos separamos; embora exista entre nós a barreira física que nos coloca em vidas diferente, nossos corações e o nosso amor estão e estarão unidos para sempre... até o encontro final...

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  2. Todos que se propõem a ser o que são e contrariar a grande maioria é considerada um extra terrestre. Ser diferente é assim. É se recusar a ser hipócrita.

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  3. Ser diferente é ser normal...é preferível fugirmos à regra que a sociedade nos apresenta do que vivermos à mercê da hipocrisia...lindo texto, amiga Cecília. Sodenir

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  4. Adoro os textos da Cecília , sou fã

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