Palavras Soltas
Cecília de Assis Brasil Petrarca Figueiredo
Colunista do blog
Nenhum preço cobre o apreço
Sabem, eu não me importo com coisas materiais, talvez em algum outro momento da minha vida eu tenha me importado, mas hoje eu tenho valores bem mais sólidos. Não sou hipócrita ao ponto de dizer que sou de sair por aí dando ou me desfazendo das coisas. Gosto de estar bem, de me sentir bem, de me cuidar, mas sem apego ao valor ou origem. Aprendi com a própria vida, que a imaginação é especialista em combinação, que reciclar tem o poder de enfeitar, que o bom é ter o dom de criar, transformar, restaurar e melhorar.
Entendo hoje, que nenhum preço cobre o apreço, que um maço de dinheiro não vale um abraço, que a beleza do lugar onde se vive, depende de como se vive, porque a solidão pode estar numa mansão ao num barracão, que não quero um carro para me exibir e sim para me levar onde eu quiser ir e se um dia eu não tiver, terei pernas, se Deus quiser. E mais, de fome não morro não, eu tenho capacidade, mas se me faltar oportunidade, eu lavo qualquer chão para ganhar o meu pão.
Não gosto de pessoas que pensam que meia dúzia de tostões lhes dá o direito de tratar com desrespeito quem tem menos condições. É bom que se saiba que nada na vida é permanente e de repente tudo pode mudar, uns podem subir, outros cair, alguns crescer ou perder. Não convém pisar em ninguém para não correr o risco ser pisado também. Eu tenho uma vida normal, não me falta nada, mas se um dia eu tudo perder, eu tenho certeza que ninguém no mundo (com uma única exceção) está torcendo para isto acontecer. Mas perder não é morrer, muito menos se entregar ou se humilhar.
Certamente eu iria superar e me conformar pois nenhum dinheiro me tira ou me dá dignidade, integridade e a coragem para enfrentar qualquer realidade. Eu posso ter meus defeitos, ninguém é perfeito, mas nunca, jamais em toda a minha vida, eu "me fiz", desfiz ou pisoteei em alguém. Durmo em paz, deixo o meu destino para Deus, ele sabe o que faz...
Ótima!
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