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Textículos do Mário Mércio


Mário Mércio

Colunista do Blog

CALÇADÃO SÃO GABRIEL
Em Nova York temos a estátua da Liberdade, na França a Torre Eiffel, na China as Muralhas. No Rio o Cristo Redentor, Maracanã, na Bahia o Pelourinho, S.Paulo a Rua 25 de Março, Augusta e Av. Paulista. Passo Fundo tem Teixeirinha na praça, V. Aires tem uma cuia enorme. Cruz alta tem o Calçadão e a Cruz bem alta, S.Leopoldo a Rua Independência, o mausoléu do PE.Reus, em S.Gabriel tem o Arcanjo, D.Pedrito tem a Caixa D'Agua na praça e assim por diante, todos significam alguma coisa às suas comunidades e ao mundo, e nem por isso foram derrubados ou modificados... Se não servia para aquele local, por que não foi colocado noutro? Com todo respeito é minha opinião conservadora sim, mas a política total. 

O SENTIDO DA VIDA 
Creio que há um sentido somente no mundo que vivemos, apenas um e este nos tem assustado e inspirado de tal forma que vivemos como numa novela da Globo de suspense e ação contínua. Os seres humanos são prisioneiros de suas vidas, ânsias, pensamentos e ambições, crueldade e cobiça, mas também em sua bondade e generosidade, simplesmente por que somos humanos, estamos invariavelmente na rede do bem e do mal.
Não há outra coisa. Uma pessoa, depois de se desfazer da poeira e dos fragmentos de sua vida só fará uma indagação clara e objetiva sobre ela: “Foi boa ou foi má? ” “Pratiquei o bem ou o mal”.
Em nosso tempo, quando uma pessoa morre, se é rica e famosa a indagação persiste: ”Sua vida foi boa ou foi má?”. Para que possamos responder honestamente essa avaliação e com exatidão, precisamos estar despidos de qualquer inveja e saber: “Era amado ou odiado?”

Sua existência contribuiu com o mundo em que viveu de alguma maneira? Soube educar os filhos ou só os colocou no mundo? Plantou árvores? Ou só as usou e admirou? Escreveu algum livro? Ou só os leu? Cresceu no seu trabalho ou só trabalhou obstinadamente? Sua morte é sentida como uma perda ou acarreta alguma indiferença? Amou e foi amado? Se respondermos essas perguntas com exatidão, poderemos aquilatar a verdade sobre o mundo que vivemos e também sobre alguma pessoa, já que toda pessoa é o mundo que vivemos.
A vida não tem o menor sentido. Não tem peso, pois já nasce sabendo que vai morrer e que por mais atroz, mais bela, mais esplêndida que seja essa beleza ou esse esplendor não tem o menor sentido.  Quanto tempo teremos de vida? Ninguém sabe. Mas não se pode desdenhá-la, pois é a única que resta nas esperanças do amanhã. Por que tanta luta, tanto sacrifício, preocupação, se nossos dias estão contados, definidos a nos deserdar de tudo quanto contruímos?
Aí surge o eterno retorno que o filósofo alemão Nietzsche idealizou. É uma idéia misteriosa pensar que um dia tudo vai se repetir tal como foi vivido, indefinidamente. Não será isso um mito insensato? Diz que a vida vai se renovar para sempre e voltarão todos os acontecimentos? Desejaremos isso a nossos filhos e netos? Que é como a sombra, pois essa também não tem peso, que está morta desde quando nasceu, mas que está sempre de nosso lado?
Essa condição do eterno retorno atenua a circunstância que impede, com efeito, de haver qualquer veredito. Como condenar o que é efêmero?
Se cada minuto da vida se repetir invariavelmente, então será como  Cristo na cruz, crucificado eternamente. Se assim for considerado, o eterno retorno será o mais pesado dos fardos.
Ai estará a verdadeira resposta sobre a importância ou não de nossa vida neste mundo. 

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