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Santa Casa explica como funciona o processo de transporte de oxigênio para o paciente

Um dos assuntos mais comentados em nossa cidade, têm sido o processo de transporte de oxigênio para àqueles que precisam ser entubados na Santa Casa de Caridade.
Conforme material encaminhado pelo hospital, uma das maiores preocupações têm sido para que o paciente internado tenha todo o cuidado para que volte em segurança para sua família. 
Segundo a nota, aqueles pacientes que precisam ser entubados recebem, através das tubulações, o oxigênio necessário para seu tratamento. 
O oxigênio fica armazenado no reservatório, com pressão regulada para o adequado fornecimento aos internados. Conforme necessário, o oxigênio é liberado através das tubulações que conduzem o gás até os pontos de espera do leito. A partir desse momento, é ligado neste ponto a mangueira que fornece oxigênio para os respiradores.
De acordo com o Dr. Guilherme da Silva Oliveira, Médico Intensivista e Coordenador da UTI Geral, a Santa Casa de São Gabriel utiliza respiradores para estes pacientes entubados. Estes respiradores possuem sensores muito precisos que monitoram os níveis do oxigênio que o paciente recebe. 
Sempre que o nível de oxigênio está em desacordo com o que o paciente necessita, o respirador emite um alarme. Além de vários filtros internos do respirador, o oxigênio também passa por um filtro, que está acoplado ao tubo do paciente, chamado EPA, que retém 99,99% de vírus, bactérias e impurezas. 
São os melhores filtros do mercado, evitando que qualquer partícula que esteja no oxigênio chegue até o paciente.

ENGENHEIRO MECÂNICO FALA SOBRE A SEGURANÇA DAS TUBULAÇÕES
Estivemos conversando também com Geraldo Daguer Pergher, Engenheiro Mecânico formado há 31 anos pela PUCRS, participando da primeira turma de Engenharia Biomédica do Rio Grande do Sul pela UFRGS (1991). O mesmo possui uma empresa que trabalha com gases e explica como funciona a dinâmica dos sistemas de oxigênio utilizados, mais especificamente sobre as tubulações que conduzem o oxigênio até os pacientes.
Além da segurança oferecida pelos filtros do respirador e do tubo, Geraldo fala sobre a segurança das tubulações por onde o oxigênio passa. 
"Este oxigênio é produzido em larguíssima escala, por uma das seis únicas companhias de gases do mundo, a partir da liquefação, que é um processo de separação dos gases. Este processo funciona da seguinte forma: a matéria prima, que é o ácido, é submetida a uma temperatura de 186 Graus Célsius negativos, ou seja, se é de conhecimento geral que a zero graus temos gelo, abaixo de zero graus não temos umidade nenhuma, tornando impossível, já nesta temperatura, presença de umidade", destaca.
Neste sentido, é impossível que se tenha formação de Óxido de Cobre, popularmente conhecido como “zinabre” dentro das tubulações, pois para termos esta formação, obrigatoriamente temos que ter umidade. Logo, é impossível que se tenha “zinabre” nos canos que levam o oxigênio até o paciente. E toda e qualquer partícula que possivelmente possa estar na rede é retida nos filtros pelos quais o oxigênio passa para chegar até o paciente.
Segundo ele, é importante notar que há uma diferenciação entre a parte externa e parte interna da tubulação. Na parte de fora até pode existir alguma formação de Óxido de Cobre, pois está exposto ao ar. Já na parte de dentro, é impossível.

ADMINISTRADOR TAMBÉM SE MANIFESTA
José Neri de Oliveira, Administrador da Santa Casa, relata que, atuando há 29 anos na área Hospitalar, desconhece Legislação específica que exija fazer limpeza na Rede de Oxigênio, tendo que abrir a rede para algum tipo de manutenção. Da mesma forma, nunca participou de algum processo nesta modalidade em nenhum dos hospitais onde já atuou.

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