Caso Isabelly: defesa diz que mãe iniciou tratamento dias antes da morte e nega abusos
A defesa de Elisa Carvalho de Oliveira, 36 anos, presa por suspeita de envolvimento na morte da filha Isabelly Carvalho Brezzolin, de 11 anos, afirma que a mãe começou a medicar a criança quatro dias antes da internação na Santa Casa de São Gabriel. O caso, que gerou grande comoção em São Gabriel e região, segue sob investigação da Polícia Civil, enquanto familiares e defensores contestam a versão inicial de violência ou abuso.
Isabelly vivia com os pais nos fundos de uma residência no bairro Vila Mariana.
Segundo os advogados Rebeca Canabarro e Andrei Nobre, em entrevista ao Bom Dia Cidade, da Rádio CDN, a mãe percebeu os primeiros sintomas no sábado, 3 de maio, quando Isabelly reclamou de dor no ouvido. Elisa teria comprado medicamentos para tratar uma possível otite e iniciado cuidados caseiros, como chás e sopas. Ainda conforme a defesa, o estado de saúde da menina piorou entre segunda (5) e terça-feira (6), quando ela passou a reclamar também de dor de garganta.
Na manhã de quarta-feira (7), sem melhora, Elisa levou a filha de táxi à Santa Casa de São Gabriel. Ao dar entrada no hospital, a equipe médica identificou um quadro respiratório grave. A discrepância entre os sintomas e a versão relatada pela mãe fez com que o Conselho Tutelar fosse acionado. Na sequência, a Polícia Civil passou a acompanhar o caso.
Em nota, a Santa Casa informou que Isabelly não apresentava sinais de violência sexual ou fraturas ao ser atendida, contrariando as primeiras informações divulgadas pela Polícia Civil, que apontavam possíveis agressões, fraturas de costelas, pulmão perfurado, hematomas e lesões genitais. O hospital também esclareceu que o sangramento relatado era compatível com resquícios de menstruação, e não evidência de abuso.
A defesa reafirma que a causa da morte foi sepse (infecção generalizada), como consta em laudo preliminar já anexado ao inquérito. “Não nos surpreende a nota do hospital. Esses documentos já estavam no inquérito, mas mesmo assim foi pedida e homologada a prisão preventiva, antes do resultado completo dos exames”, disse a advogada Rebeca.
Segundo os advogados Rebeca Canabarro e Andrei Nobre, em entrevista ao Bom Dia Cidade, da Rádio CDN, a mãe percebeu os primeiros sintomas no sábado, 3 de maio, quando Isabelly reclamou de dor no ouvido. Elisa teria comprado medicamentos para tratar uma possível otite e iniciado cuidados caseiros, como chás e sopas. Ainda conforme a defesa, o estado de saúde da menina piorou entre segunda (5) e terça-feira (6), quando ela passou a reclamar também de dor de garganta.
Na manhã de quarta-feira (7), sem melhora, Elisa levou a filha de táxi à Santa Casa de São Gabriel. Ao dar entrada no hospital, a equipe médica identificou um quadro respiratório grave. A discrepância entre os sintomas e a versão relatada pela mãe fez com que o Conselho Tutelar fosse acionado. Na sequência, a Polícia Civil passou a acompanhar o caso.
Em nota, a Santa Casa informou que Isabelly não apresentava sinais de violência sexual ou fraturas ao ser atendida, contrariando as primeiras informações divulgadas pela Polícia Civil, que apontavam possíveis agressões, fraturas de costelas, pulmão perfurado, hematomas e lesões genitais. O hospital também esclareceu que o sangramento relatado era compatível com resquícios de menstruação, e não evidência de abuso.
A defesa reafirma que a causa da morte foi sepse (infecção generalizada), como consta em laudo preliminar já anexado ao inquérito. “Não nos surpreende a nota do hospital. Esses documentos já estavam no inquérito, mas mesmo assim foi pedida e homologada a prisão preventiva, antes do resultado completo dos exames”, disse a advogada Rebeca.
Mudança de versão e questionamentos
Outro ponto polêmico do caso envolve o depoimento de Elisa ainda no hospital, no qual teria afirmado ter visto o marido oferecer colo à menina de forma inapropriada. Em nova versão apresentada à defesa, ela teria negado qualquer abuso, dizendo ser incapaz de agredir ou permitir violência contra a filha.
A defesa sustenta que Elisa tem baixa escolaridade, é do lar, nunca teve antecedentes criminais e apresenta dificuldades cognitivas. Os advogados entraram com pedido de revogação da prisão preventiva, alegando que a cliente não representa risco à sociedade.
“Elisa é uma mulher extremamente humilde, sem envolvimento em crimes. Está psicologicamente devastada. É uma situação de profundo impacto para qualquer mãe”, afirma Rebeca.
Na noite de segunda-feira (12), Elisa foi transferida para um terceiro presídio, em outra cidade, a pedido da defesa, que alegou necessidade de preservar sua integridade física.
Investigação continua
Apesar das manifestações da defesa e do hospital, a Polícia Civil segue investigando o caso. O delegado Daniel Severo, titular da Delegacia de São Gabriel, afirmou mais cedo que há indícios de maus-tratos e que as apurações seguem com base em elementos técnicos e testemunhais. O laudo definitivo da necropsia deve ser concluído nos próximos dias.
Enquanto isso, familiares e a defesa aguardam os desdobramentos judiciais e reforçam a tese de que a morte da menina foi uma tragédia médica, e não um crime doloso.
Fonte: Diário de Santa Maria
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