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Vereador Maninho cobra governo estadual por transtornos a crianças autistas que precisam se deslocar a Livramento para terapias

Durante a sessão ordinária da Câmara de Vereadores de São Gabriel, realizada na quinta-feira (12), o vereador Vagner Aloy Rodrigues, o Maninho (União Brasil) manifestou-se com críticas ao sistema de regulação estadual de saúde, denunciando o deslocamento de crianças com autismo do município para realização de terapias em Santana do Livramento, mesmo com serviços semelhantes disponíveis em São Gabriel. 
Segundo o parlamentar, a situação tem gerado desgaste físico e emocional tanto para os pacientes quanto para seus responsáveis. Ele relatou que mães precisam sair com as crianças ainda de madrugada, por volta de 4h30 ou 5h30, para uma sessão terapêutica de 30 a 45 minutos em Livramento, retornando apenas ao meio-dia. “A criança volta mais estressada, mais agitada, e a terapia praticamente acaba sendo anulada”, afirmou. 
Maninho criticou o que classificou como desorganização na regulação estadual e disse que irá encaminhar ofício à União dos Legisladores da Fronteira Oeste (ULFRO) solicitando apoio para interceder junto à Secretaria Estadual da Saúde. Ele também mencionou que pretende fazer manifestações públicas em frente ao Palácio Piratini, à Assembleia Legislativa e à Secretaria de Saúde do Estado para cobrar providências. 
Durante a manifestação, o presidente da Câmara, vereador Elson Teixeira (PDT), sugeriu que o parlamentar encaminhe também ofício à União dos Vereadores do Rio Grande do Sul (UVERGS) e aproveite a agenda oficial dos vereadores de São Gabriel em Porto Alegre, prevista para o dia 26 de junho, como oportunidade para tratar diretamente da pauta com autoridades estaduais. 
Vagner leu ainda trechos de mensagens enviadas por mães afetadas pela situação, que relataram dificuldades com os horários, o impacto do frio e o custo de deslocamento interno até os pontos de partida para Santana do Livramento. Ele isentou de responsabilidade a equipe da 10ª Coordenadoria Regional de Saúde, direcionando as críticas à central de regulação estadual. “É preciso mais humanização na saúde, principalmente para as nossas crianças com autismo”, concluiu. 

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