Poder Legislativo recebe professores e pais em ato silencioso e reunião sobre demandas da Escola Ginásio São Gabriel

Professores e pais da Escola Municipal Ginásio São Gabriel acompanharam, na manhã desta quinta-feira (4), a sessão do Poder Legislativo de São Gabriel em ato silencioso. A mobilização ocorreu após declarações do presidente Elson Teixeira (PDT), feitas na reunião anterior, quando relatou reclamações de cerca de 30 pais sobre a conduta de uma docente. Ao final da sessão, uma comissão de pais e professores foi recebida na Sala da Presidência pela Mesa Diretora.

 

Durante os trabalhos, Elson leu o Regimento Interno, lembrando que a assistência deve permanecer em silêncio e que manifestações não são permitidas. Ele reforçou a importância do diálogo para tratar do tema. Vereadores também se manifestaram, registrando apoio à categoria e defendendo a busca de entendimento. Entre eles, Adão Santana (PL) sugeriu reunião entre a Presidência e representantes de professores e pais; Claudiomiro Borges (PL) destacou a importância do consenso; Éder Barbosa (Podemos) mencionou a possibilidade de audiência pública; e Janaína França (PSB), Juliana Medeiros (PL), Ladislê Teixeira (PSB), Kiko Lopes (PRD), Moisés Marques (PL), Sildo Cabreira (União Brasil) e Vagner Aloy (Maninho, União Brasil) reforçaram a defesa do respeito e da valorização dos docentes.
Na sessão também foi lida a Indicação 129/2025, de autoria do vereador Sildo Cabreira, que propõe ao Executivo ações de apoio aos professores em situação de sobrecarga física e psicológica, como acolhimento, redução de burocracia e melhoria da infraestrutura escolar.

Reunião na Presidência

 

Logo após a sessão, ocorreu a reunião entre a Presidência, quatro professores e quatro pais, acompanhados pela Mesa Diretora. O encontro tratou do episódio envolvendo a fala de Elson na tribuna. O presidente afirmou não ter citado nomes de escola ou professora e disse que fez apenas um alerta.

 

Professores presentes manifestaram desconforto por o tema ter sido levado diretamente ao plenário, sem consulta prévia à direção da escola ou à Secretaria de Educação. Relataram dificuldades no dia a dia, como uso indevido de celulares e desrespeito de alguns pais, além de informarem a anulação de uma avaliação de Matemática do 7º ano, que será reaplicada, com possível ajuste no calendário do trimestre.
Pais reforçaram pedidos de respeito e melhor comunicação, sugerindo a criação de um canal oficial de avisos. Foi registrado que a paralisação realizada durante o dia será compensada em data a ser definida pela Secretaria de Educação. Professores se colocaram à disposição para manter o diálogo com a comunidade escolar.
Vereadores lamentaram a ausência da titular da Secretaria de Educação, que não participou por orientação jurídica, e defenderam o acompanhamento das demandas pela pasta. Ao final, ficou o entendimento de aguardar a nova avaliação e dar sequência ao diálogo. O presidente reiterou que não teve intenção de ofender, agradeceu a conversa e sinalizou disposição para novas tratativas.