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Brasil foi quem mais perdeu empregos na América Latina


Com a extinção 490 mil empregos durante a primeira metade do ano, o Brasil foi o país mais perdeu vagas na América Latina, segundo relatório sobre o Emprego no Mundo 2009 publicado nesta segunda-feira pela Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Na América Latina, o estudo apontou a redução de 1 milhão de postos de trabalho. No entanto, o Brasil conseguiu frear o impacto e recuperar outros 417 mil empregos no terceiro trimestre.
O relatório indica que, apesar de que os países maiores da América do Sul estão voltando a criar emprego (Brasil, Colômbia e Venezuela), em geral na região a situação não melhorará nem voltará aos níveis de trabalho da pré-crise até do final de 2010.
É, por isso, que a OIT sugere aos países não retirar os pacotes de ajuda e as medidas de contingência, até assegurar-se que o mercado de trabalho não se recuperou. De fato, a OIT vai além e lembra que os programas de seguridade social são necessários, especialmente em tempos de crise.
O relatório assinala que só 40% dos países têm sistemas de proteção que abrangem aos trabalhadores do setor informal. Entre os três casos citados pelo órgão de programas adotados pelos países para minimizar os efeitos da crise, um deles foi o "Bolsa Família".
Além disso, o relatório faz referência à mudança climática e à oportunidade que surge na criação de "empregos verdes". De fato, o texto indica que nos países em desenvolvimento, como os da América Latina, há menos empregos com alta carga de carbono que nos países desenvolvidos.
Segundo a OIT, nos países ricos os trabalhos com alta carga de carbono representam o 57% do total, enquanto nos países emergentes se situa em 33%. O relatório foi realizado baseado nos dados fornecidos pela Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Jamaica, México, Peru e Venezuela.

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