TRE gaúcho cassa Deputado Coffy
Aliado da governadora no Legislativo, Coffy Rodrigues perdeu mandato por ter trocado PDT pelo PSDB
Depois de cassar 90 vereadores por todo o interior gaúcho, a navalha da infidelidade partidária cortou ontem na Assembleia Legislativa: Coffy Rodrigues (PSDB) se tornou o primeiro deputado estadual a perder o cargo por ter trocado de legenda no meio do mandato. No seu lugar, assume Ciro Simoni (PDT).
O tucano, um dos principais aliados da governadora Yeda Crusius no Legislativo e responsável por segurar as rédeas da CPI da Corrupção, estava cotado para assumir a função de líder do governo na Casa em 2010. Agora, vai apelar ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com pedido de suspensão da cassação. Simoni poderá tomar a cadeira do tucano assim que o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) informar oficialmente o parlamento da decisão. O cassado lamentou a punição:
– Não nasci com mandato, mas fiquei surpreso com a cassação.
Para o TRE, Coffy não conseguiu justificar a saída do PDT, em maio de 2007, e o ingresso no PSDB em agosto do mesmo ano. Diante da ação movida pelos pedetistas, a Corte decidiu, por unanimidade, pela perda do mandato. Os desembargadores acompanharam o voto do relator do processo, Luiz Felipe Silveira Difini. Para o desembargador, a postura de Coffy “privilegiou o interesse em ocupar alto cargo no governo estadual, em franca colidência com a orientação partidária”.
A crise que culminou com a saída de Coffy do PDT começou em maio de 2007, quando a sigla rompeu com o Piratini. O deputado defendia a permanência da legenda na base de Yeda e afirma ter sido perseguido pelos ex-colegas. Coffy explica que assumiu a Secretaria de Obras, a convite da governadora, no final de maio e após ter cortado os laços com o PDT:
– Se o que o PDT fez comigo não é discriminação, não sei mais o sentido dessa palavra. Não me deixaram participar da votação sobre a saída do governo, rasgaram o estatuto e ameaçaram chamar a Brigada Militar para me tirar de dentro do diretório.

– Estamos comemorando a vitória. Foi um resultado justo. O PDT tinha eleito sete deputados, e o mandato pertence ao partido. Ele saiu do PDT para ser secretário. Foi decisão dele e ficou insustentável no partido – disse o presidente estadual da sigla, Romildo Bolzan.
Decisão acertada do TRE, o mandato tem que ser preservado à legenda
ResponderExcluirInfelizmente, o deputado vai recorrer ao TSE, que concederá a ele uma liminar para que permaneça no mandato até decisão final
Mas, ao final, deverá prevalecer o bom senso e a vaga ser restituída ao Partido