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Uma máquina de fazer dinheiro chamada CBF

Por: Rafael Limberger

Qualquer pessoa que tenha visto o nascimento da Confederação Brasileira de Futebol, CBF, em 24 de setembro de 1979, dificilmente poderia imaginar no que essa entidade se transformaria cerca de 30 anos depois. De uma reles organizadora do futebol brasileiro, esporte mais importante, influente e caro por essas bandas às vezes esquecida por Deus, a entidade se transformou numa máquina de fazer dinheiro. Muito dinheiro.
A ida para as quartas de final da Copa do Mundo renderá à seleção brasileira uma premiação de US$ 9 milhões (aproximadamente R$ 16 milhões).
O valor, que será pago pela Fifa após o torneio para as federações participantes, variará de acordo com a posição que cada equipe atingir na competição.
Neste Mundial, a CBF já havia garantido US$ 5 milhões (R$ 8,9 milhões) pela participação nas fases anteriores, totalizando US$ 14 milhões (R$ 24,9 milhões).
Se o Brasil for campeão, o prêmio total será de US$ 30 milhões (R$ 53,4 milhões). Ao todo, a Fifa pagará US$ 420 milhões (R$ 748 milhões) para as 32 seleções participantes.
Podemos ainda contar os US$ 2 milhões que a seleção brasileira ganhou, a título de cota, nos dois amistosos contra o Zimbabue e a Tanzânia, países paupérrimos africanos, ambos controlados por ditadores.
Mesmo estando ligada a empresas de origem duvidosa, de ter feito empréstimos de origem mais duvidosa ainda (ambos escândalos surgiram na CPI CBF-Nike), de ser acusada de pagar passagens para magistrados e de outras autoridades, a Confederação Brasileira de Futebol vai poder fechar o ano, e os próximos, com a "caixinha cheia". Além dos valores que irá arrecadar durante a Copa do Mundo, as proximidades de uma Copa no Brasil prometem tempos de vacas gordas para a entidade.
Enquanto isso, milhares de garotos são estimulados a deixar a escola atrás do sonho de riqueza no futebol europeu. Jogadores são endeusados pela sociedade, que fazem vista grossa para os delitos cometidos por esses "intocáveis". Estádios serão construídos com dinheiro público, para logo depois da Copa virarem propriedade de times de futebo. Enfim, nada a mais do que estamos acostumados.
E dá-lhe Brasil. Vamos torcer pela seleção que iremos ser hexa em poucas semanas. E só depois disso começaremos a nos precupar com as coisas menos importantes. Como as eleições, por exemplo.

Um comentário:

  1. Se a CBF é uma entidade bem administrada, parabéns ao seu Presidente!
    Mas, sinceramente, eu não entendi onde que o autor do texto quer chegar?
    Que relação tem a CBF com o comportamento de determninado jogadores? E com as eleições, o que tem a ver a CBF?

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