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Casa Civil: Erenice teria usado "laranja" ao criar firma com filho

A ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, patrocinou a abertura de uma empresa de arapongagem em nome de seu filho, Israel Guerra, acusado de cobrar propina de empresários interessados em fazer negócios com o governo. Para abrir a firma, em 1997, a família Guerra teria recorrido a uma "laranja" para omitir o nome de Erenice no papelório da empresa. 

Entenda como teria ocorrido o suposto esquema na Casa Civil
Situada na cidade-satélite de Santa Maria, em modesto endereço residencial, a Conservadora Asa Imperial tem como atividade econômica, segundo documento da Junta Comercial do Distrito Federal, "atividades de investigação particular", "monitoramento de sistemas de segurança" e "vigilância e segurança privada". 
Localizada no domingo em sua casa a 40 quilômetros de Brasília, na suposta sede da empresa, Geralda Amorim de Oliveira, uma professora desempregada casada com auxiliar de bombeiro hidráulico que aparece como sócia-gerente da Asa Imperial, confidenciou que seu nome foi "usado" para abrir a empresa. À época, Erenice alegou que estava se separando e não gostaria de registrar a empresa em seu nome. 
A professora nega qualquer ligação com a Asa Imperial. Conta que seus documentos e dados cadastrais foram repassados na ocasião à sua irmã mais velha, Geralda Claudino, amiga de décadas de Erenice. 
— Só emprestei os documentos — diz a professora. 
Geralda Claudino diz que não abriu a empresa em seu nome e de Erenice porque ambas estavam se separando. 
A Asa Imperial serviu para "dar uma ocupação a Israel". A empresa foi aberta em 1997, quando Israel tinha 19 anos, e continua "ativa", de acordo com a Junta Comercial. 
Geralda Claudino diz que a empresa está fechada. 

Formalidade 
A ministra confirmou no domingo a abertura da empresa Asa Imperial em nome de seu filho, Israel. Disse, por meio de sua assessoria, que a empresa está localizada na cidade-satélite de Santa Maria porque, em 1997, não possuía escritório para ser sua sede em zona mais central de Brasília. Erenice afirmou que a Asa Imperial nunca operou nem teve atividade econômica e, segundo ela, consta como ativa na Junta Comercial por mera formalidade e inércia dos sócios. 
Procurado, Israel Guerra não foi localizado. 

As informações são do jornal O Estado de São Paulo.

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