DIREITO DE RESPOSTA

Senhor Proprietário:

              Na oportunidade em que cumprimento Vossa Senhoria, em atenção à notícia veiculada nesse blog há alguns dias, versando sobre assunto relacionado à presidência do PSDB gabrielense, encaminho-lhe algumas colocações a respeito do tema em questão.

                        De início, confesso que pouco me surpreende tais atitudes de revanchismo por parte de alguns membros do nosso partido, que insistem em questões já pacificadas no âmbito político-partidário do PSDB local.

                        É de conhecimento geral que sou presidente da comissão executiva do partido no município. Fui eleito em convenção e em uma chapa composta, inclusive, por estes membros que hoje contestam tal legitimidade.

                        Em tempos de outrora, igualmente é de conhecimento geral que o Paulo Antônio, que hoje subscreve um ofício que atenta contra o mandato partidário que me pertence, foi vice presidente do partido, quando estive à frente do mesmo. Aliás, nesta oportunidade, renunciei ao posto, ficando ele como presidente.

                        Ademais, em todos os momentos em que fui eleito para presidente do PSDB local, pude contar com todos esses nomes que hoje me insultam, como participantes do Diretório partidário por mim chefiado e que, tranquilamente, poderiam ter vetado o pedido de registro de chapa tempestivamente, caso acreditassem estar a mesma em desconformidade com o estatuto (artigo 26 e seguintes do estatuto do PSDB).

                        Entretanto, num golpe de esperteza (novamente frustrado) e eivado de segundas intenções, hoje tentam confundir uma imagem política já consolidada e reconhecida como tal.

                        Quanto ao meu afastamento do cargo de presidente, cuja legalidade e prazo hoje são discutidas por esses poucos membros que lideram uma espécie de “revolta auto-benéfica”, em todas as oportunidades anteriores ao presente mandato partidário, os fiz de forma verbal, por acreditar que formalidades não eram necessárias, diante da confiança por mim depositada nestes que hoje tentam desconstruir minha imagem política perante São Gabriel.

             Tenho ciência de que o período nunca excedeu os noventa dias ditados pelo nosso estatuto, pois, além de comunicar o vice presidente de forma verbal, sempre enviei e-mails a ele informando as minhas decisões. Contudo, como a senha do meu correio eletrônico pessoal era acessível por essas pessoas que insultam minha legitimidade como presidente do PSDB, algumas mensagens enviadas foram “de repente” apagadas dos meus arquivos, o que, sinceramente, não tenho suspeitas de quem poderia ter praticado tal ato de covardia e desonestidade.

            Outrossim, cabe lembrar que exerci, em diversos eventos a função de presidente do PSDB, como, por exemplo, na ocasião da visita da Governadora Yeda Crusius a São Gabriel, no dia 07 de agosto deste ano, em que, em palanque público, proferi discurso e fui anunciado como tal, o que vai de encontro ao alegado por este pequeno grupo de filiados.

            Então, diante de todas essas colocações, percebemos que todas as atitudes empreendidas em nosso desfavor são crivadas de segundas intenções e objetivos escusos cuja natureza desconheço (em parte).

            No último dia 18 de novembro, foi publicado um edital de convocação na imprensa  local, mediante minha subscrição, em que convoco e comunico de uma reunião partidária a ser realizada no próximo dia 18 de dezembro deste ano. Não me causa surpresa o fato disso ter sido a chamada “gota d’água”, pois tal reunião deliberará, entre outros assuntos, sobre a situação partidária local e, como sabemos que o PSDB atualmente, enquanto possui uma ala que está fora do governo municipal e independente politicamente, também possui outra ala, que visa a manutenção dos cargos de confiança a ele pertencidos.

            Esse fato partidário que hoje está em discussão, foi notoriamente criado para “desviar” as atenções da referida reunião, o que certamente comprometeria essa manutenção de benesses políticas.

            Todos sabemos que o cenário político-partidário municipal, em termos de ocupação de cargos em comissão, se movimenta conforme a força relevante das pessoas que possuem ora os partidos em seu poder, ora os votos que decidem as eleições. Diante disso, sabemos o quanto deve ser difícil para essa pequena legião de pessoas se manter firme no cenário político gabrielense, ante a deficiência dos pressupostos que ditam o reconhecimento público e o prestígio eleitoral nas urnas.

            Para encerrar, gostaria que, antes de terem me acusado de desrespeitar o estatuto partidário, após uma reunião que contou com a presença de pessoas escolhidas para tal, essas pessoas medíocres tivessem a grandeza de RESPEITAR VERDADEIRAMENTE o estatuto tucano, que prevê, no artigo 102, “caput”, a exata composição da comissão executiva que deve deliberar sobre assuntos como o presente.

            Alegam, como forma de “último suspiro”, questões como episódios de violência ocorridos a fim de justificar publicamente suas posições duvidosas. No entanto, pairam obscuras tantas outras demonstrações de violência, ilegalidade e falsidade que sequer foram divulgadas na imprensa local, pois não são de conhecimento geral dos gabrielenses, por se tratarem de ações realizadas às espreitas e muito bem escondidas.

            Por fim, as providências cabíveis tanto na esfera administrativa, quanto na esfera judiciária, serão empenhadamente tomadas por mim, visando o verdadeiro esclarecimento dos fatos, para que o estatuto partidário seja verdadeiramente cumprido e observado em sua totalidade, não apenas nas partes que convém às vaidades políticas de poucos, que atuam como verdadeiras marionetes nas mãos de quem as comanda, devido à falta de competência e representatividade política.

Atenciosamente,

  

Engº. LUIZ RICARDO SALGADO BRAGANÇA,

Presidente do PSDB de São Gabriel – RS.