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Preço do arroz gera crise no setor e produtores reagem

Os baixos preços praticados para a comercialização do arroz e o conseqüente endividamento dos rizicultores motivou uma reunião especial no Sindicato Rural de São Gabriel, na manhã desta segunda-feira, 24. O encontro, liderado pelo presidente da entidade e vice-presidente da Farsul, Tarso Teixeira, teve a presença do presidente da Associação dos Arrozeiros, Paulo Cezar Lederes; da engenheira-chefe do escritório local do IRGA, Lisiane Forsin; de representantes da Emater e lideranças da produção de arroz no Município.Segundo dados da Federarroz, o preço médio da saca de arroz em casca de 50 quilos, com padrão 58x10, está em torno de R$ 22,50, ou seja, R$ 3,30 abaixo do mínimo que a União, por lei, deveria garantir ao produtor, e R$ 6,50 aquém do custo para produzir a mesma saca. A situação agrava-se porque de janeiro a abril muitos rizicultores têm de quitar os Empréstimos do Governo Federal (EGFs) alongados. O produtor toma os empréstimos justamente para carregar os estoques até que os preços normalizassem, mas com a desvalorização, o endividamento e a insolvência do setor tendem a crescer.
Preocupada com a situação, a classe planeja uma mobilização para que o Governo Federal cumpra com o papel de garantir o preço mínimo do produto. Durante todo o ano passado, apesar de o governo afirmar diversas vezes que haveria recursos para comercialização, só houve um leilão PEP (Prêmio de Escoamento de Produto) em novembro, sendo que o preço do arroz já está abaixo do valor mínimo à mais de 60 dias. “Queremos que o governo cumpra seu papel constitucional, caso contrário o produtor terá imensas dificuldades de prosseguir na sua atividade”, ressalta Tarso Teixeira.

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