Coluna Anderson Almeida
Falando do Gre-Nal
O Gre-Nal do último domingo foi a prova de que nada é definitivo na vida, muito menos no mundo no futebol.
Há dois domingos, vimos um predomínio absoluto do Inter, que só conseguiu ser desfeito pelos azuis após a expulsão de Guiñazu. O Gre-Nal ainda trouxe uma surpresa: Júnior Viçosa que fez o gol de empate gremista, mas também consolidou Tinga, como segundo volante no lugar de Bolatti, que não podia atuar naquele dia por ter sido expulso diante do Juventude. Tudo isso, pela postura do treinador Renato Portaluppi que deixou o Grêmio muito atrás, com a presença em campo de muitos marcadores.
Por outro lado, o treinador Falcão foi criticado por ter usado apenas um atacante: Leandro Damião e, não conseguia ampliar o placar.
Na quarta-feira, com a mesma estratégia, o time colorado fez 1 a 0 no Peñarol e não tinha força para ampliar o placar, embora criasse chances na primeira etapa. No segundo tempo, além de tomar o gol de empate, como no Gre-Nal, levou a virada. Já o Grêmio, na quarta-feira, diante da Universidade Católica já apresentava mudanças na sua equipe, com a entrada Viçosa como titular, Fernando no meio e Mário Fernandes na lateral-direita no lugar do lesionado Gabriel e não Vilson como havia sido no Gre-Nal. Prenúncio de mudanças do lado gremista.
No último domingo então, vimos um Grêmio ousado, desde a escalação, com o ingresso do argentino Escudero, finalmente na sua posição de origem, o menino Leandro, na ponta esquerda, nas costas de Nei, lateral-direito colorado que sabidamente tem dificuldades na marcação, dentre outras mudanças.
Pelo lado do Inter, apenas a entrada de mais um atacante: Rafael Sóbis e, a presença mais uma vez de Tinga, como volante, posição que ocupava há 7 anos, quando surgiu no Grêmio. A diferença estava na atitude gremista, que agora tinha força ofensiva. E, o que todos já suspeitavam, na pior das hipóteses, apareceu de forma consolidada. Renan, o goleiro, tem braços curtos e dificuldade de sair do gol, Nei, não marca e quando marca só comete faltas, muitas vezes até violentas, Bolívar e Índio estão lentos e Tinga, como volante não tem mais perna. Além disso, Kleber está acomodado e D’Alessandro detesta jogar de ponta esquerda, como Falcão tem escalado ele.
O resultado de 3 a 2 não serve para dizer que o Grêmio está pronto para o brasileiro, ainda falta muito, mas pode-se ver ali que tem mecânica de jogo e que jovens estão sendo aproveitados.
Pelo lado vermelho, já que não queriam escalar Glaydson ou Wilson Matias no lugar de Guiñazu, por suas defecções técnicas, tem Augusto, do Inter B, do Sub-20, enfim da base do Inter que joga muita bola e é comparado ao ex-cruzeirense Ramires. Na zaga, o jovem Rodrigo Moledo está caindo de maduro e no ataque, quando vão dar uma chance ao veloz Eduardo Sasha, de multa rescisória astronômica? É hora de ousar, pois domingo a situação está muito complicada, mas o ano de 2011 está aí. Já vimos um time assim ano passado, com vários veteranos, sonhando com futebol que estes tinham no passado, chamava-se Atlético-MG. O resultado: brigou para não cair até as últimas rodadas. Está na hora de Falcão, ser Falcão e do Inter, ser Inter.
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