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Coluna Anderson Almeida


As novelas e seus temas

Muitas vezes ouvimos falar e, comprovamos que os programas de TV e, principalmente as novelas, dão o tom, ditam o tema, as cores da moda, os cabelos, as roupas, as músicas, enfim “fazem a cabeça” dos brasileiros
Até aí tudo bem, se isso não ferisse as pessoas. Soube de casos que os vilões não podiam sair às ruas, pois eram confundidos com seus personagens. Porém nos últimos meses, mais exatamente nas novelas mais recentes, dois assuntos me fizeram escrever sobre este assunto.
Na novela que acabou recentemente, de nome “Insensato Coração”, abordava muito bem o assunto homofobia se não trouxesse à tona, em demasia, as agressões que os homossexuais sofrem. Agressões quase que diárias iam ao ar, fazendo com que isso fosse a coisa mais natural do mundo, bater numa pessoa porque ela tinha uma preferência sexual diferente da sua. Sou do ponto que se a pessoa te respeitar, você deve respeitá-la. Claro se ela faltar com respeito, independente de condição sexual, terá que ter sua atenção chamada. Agora, em horário nobre, uma pessoa foi morta porque simplesmente era gay. Francamente, né, pois após as cenas irem ao ar, vários casos ocorreram em nosso país.

Entretanto, o pior ainda estava por vir. As novelas “Morde e assopra” e “Fina estampa” simplesmente estão pregando como coisa mais natural do mundo o desamor aos pais.
Lembro dia desses que um colega de imprensa escreveu um emocionante texto, onde disse que nunca falou a seu pai, o quanto o amava e isso simplesmente o machuca, o persegue. E levei isso, deste amigo e colega um tanto “durão”, como uma linda lição de vida, aqui na nossa Terrinha.
Agora, a TV simplesmente atribui como normal, embora a teledramaturgia já esteja mostrando um desfecho em seus capítulos, o preconceito com os pais por eles serem pobres ou com pouca cultura.
Poxa, se alguém é alguém hoje, com o perdão da redundância, é porque nossos pais ficaram noites em claro enquanto chorávamos, ou quando eles deixaram de viajar o mundo e até optaram por andar com roupas simples, para que nós ostentássemos muitas vezes a fama de “playboy” num belo carro, naquela viagem dos nossos sonhos, ou na aba de um clube, enquanto eles faziam contas e contas para pagar o que a gente gastava. Quando vezes deixaram até de comer algo, para que você comesse o melhor pedaço, o melhor doce, afinal você estava em fase de crescimento.
Já pensaram nisso, já pensaram que seus pais podem ter aberto mão de seus sonhos futuros para simplesmente você ser alguém. Depois de grande é muito fácil dizer, eu sou o Dr. Fulano, não devo nada a ninguém, mas devemos e deveremos a vida toda aos nossos pais. Quero usar este espaço para dizer o quanto tenho orgulho dos meus pais e de tudo que já fizeram por mim. Faça você também a sua parte.

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