Coluna Giancarlo Bina

VIVA O RÁDIO – PARTE 8

O Rádio, por ser um veículo de comunicação extremamentepopular, cria mitos. Mitos são pessoas que se destacam em um meio comum, de forma inigualável, por competência, carisma, força de vontade e popularidade. O Dagoberto Focaccia é um mito do Rádio gabrielense. Quem já trabalhou com ele sabe o que estou dizendo. O “Dagô” é daquelas pessoas que ocupa espaço e tempo, impossível não notar sua presença por onde quer que ande. Tem uma história muito rica no Rádio, impossível dissociá-lo de nossa história radiofônica. Sempre foi e ainda é uma “marca registrada” deste veículo por sua inteligência, dinamismo e participatividade.

Pois o nosso amigo “Dagô” é uma fonte inesgotável para o nosso “Viva o Rádio”. Publico, hoje, uma história que vivi a seu lado no ano de 1992, quando transmitimos Grêmio x Paraná Clube, pela Copa do Brasil, no Olímpico. Quem conhece o Dagoberto, sabe de sua ansiedade, o homem parece uma fonte inesgotável de energia. Mas naquele fim de tarde da capital dos gaúchos, o nosso mestre estava mais ansioso, tenso e angustiado. 

Estávamos no carro, em direção ao Olímpico, eu, Jorge Baltar, Jota Bina e o “Dagô” quando ele sentencia: “Não gosto de Porto Alegre, ao final de tarde!” Todos nos olhamos e surpresos perguntamos o porquê deste desprazer do amigo. Ele diz: “Não tem porque, somente fico ansioso e me faz mal transitar por aqui à tardinha.É como se me sentisse sufocado  e pressionado.”

Cada um tem seus fantasmas. Eu, por exemplo, não gosto dos finais de tarde de domingo, talvez pela proximidade da segunda-feira(hehe).Tenho alguns amigos que também são assim. O Dagoberto chegou ao Olímpico Monumental, deu seu show particular, como de costume, comentando o jogo e diminuiu sua ansiedade com o anoitecer. Grêmio e Paraná fizeram um bom jogo que terminou empatado em 1 a 1.

Não sei se o Dagoberto Focaccia, homem,tem outros medos, superstições, preocupações, angústias...Agora o mito do Rádio gabrielense, ah(...), este, com certeza, não as tem...Viva o Rádio!