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Dicas de vídeo

Marco Medina
Colunista do blog

OSCAR 2012 
FILME MUDO - EM ‘PRETO E BRANCO’- ABOCANHA AS PRINCIPAIS ESTATUETAS NA 84ª EDIÇÃO DO OSCAR 
A 84ª Cerimônia de Entrega do Oscar – promovida pela Academia de Ciências e Artes de Hollywood -, não diferiu muito das festas dos últimos anos no que diz respeito ao formato da apresentação. Decididos, já faz muitos anos, a tornar a festa mais dinâmica, deixaram para trás o brilho e o romantismo que permitiam aos telespectadores apreciar um palco com muitos efeitos especiais, grandes musicais e performances mais do que bem produzidas, para adotarem um estilo de festa mais “corrida”. 
Quanto à escolha que define o apresentador da festa - os organizadores não abrem muito o jogo -, ficou claro que voltaram a apostar no talento e na experiência de quem realmente sabe, para não terem de passar pelo constrangimento testemunhado por milhões de pessoas ano passado, promovido por um casal de grande talento na tela – mas sem domínio nenhum de palco -, que cometeu muitas gafes e deixou transparecer um visível nervosismo na hora de amenizar o “estrago”: exageraram na descontração e acabaram criando piadinhas ácidas que beiraram o humor negro. 
Este ano não. Recrutaram o talentoso, criativo e mais do que espirituoso Billy Crystal. Ele deitou, rolou e debochou em cima dos astros e estrelas, deixando o clima da festa superdescontraído , com sacadas inteligentes e piadas dentro do “tempo”. Sobrou até para o presidente da Academia, no velho estilo “perco o amigo, mas não perco a piada”. 
O que talvez tenha lembrado um pouco o visual hollywoodiano das festas do passado, foi a performance dos artistas da companhia canadense “Cirque du Soleil”. Abusando do talento e estilo únicos, interagiram “ao vivo” e “a cores” com cenas de filmes, mostrando que em matéria de efeitos especiais, nada como o próprio corpo. 
Quanto à premiação propriamente dita, não houve surpresa na hora do anúncio. O ARTISTA, que teve pouca aceitação por parte do público, constatada pela fraca bilheteria, e eleito antecipadamente como o “queridinho” dos críticos ao conquistar outros prêmios em outros eventos, levou as estatuetas de MELHOR FILME, MELHOR DIRETOR para Michel Hazanavicius, MELHOR ATOR para Jean Dujardin, FIGURINO e TRILHA SONORA ORIGINAL. 
Já o “abençoado” pelo público, A INVENÇÃO DE HUGO CABRET, indicado em 11 categorias, como se previa, abocanhou a maior parte dos prêmios técnicos – e se ganhasse o resto não haveria nenhuma injustiça, porque a megaprodução do Martin Scorsese é surpreendente. Conquistou as estatuetas de MELHOR FOTOGRAFIA, EDIÇÃO DE ARTE, EDIÇÃO DE SOM, MIXAGEM DE SOM e EFEITOS VISUAIS. 
Uma das categorias que sempre chama muito a atenção, é a de MELHOR FILME DE LÍNGUA ESTRANGEIRA, que já deixou ótimas produções como “O Pianista”, “O Carteiro e o Poeta” e “A Vida dos Outros”, só para citar alguns. Pois este ano, de forma merecida, o prêmio foi levado para o Irã pelos produtores de “A SEPARAÇÃO”. Um resultado bem previsível para um filme que ofuscou os outros concorrentes, por conta de uma grande produção que já era apontada por uma esmagadora maioria como a melhor. 
E a produção A DAMA DE FERRO – chamada de medíocre pelo José Wilker, comentarista da festa na transmissão da Globo, e de “fraca” pela maioria dos críticos -, parece ter sido salva pelo talento da MERYL STREEP, que pela terceira vez levou o Oscar de MELHOR ATRIZ, personificada na tela como a toda-poderosa Margareth Tatcher, que também rendeu à produção o Oscar de MELHOR MAQUIAGEM. 
Uma categoria que gerou expectativa no público brasileiro, foi a de MELHOR CANÇÃO ORIGINAL, porque a música do filme de animação, RIO, foi composta por Carlinhos Brown e Sérgio Mendes, mas acabou perdendo para OS MUPPETS. Os críticos especializados dizem que pesou muito a nostalgia na hora da escolha, já que OS MUPPETS remetem à tradição televisiva norte-americana. Outros, disseram que a canção vencedora estava mais integrada à trama do filme, enquanto que a de RIO parecia mais um videoclipe. 
Vá entender o que se passa pela cabeça dos mais de 6 mil membros votantes da Academia hollywoodiana! 
Com exceção da categoria MELHOR FILME DE ANIMAÇÃO para RANGO, o resto das premiações desperta pouco interesse para a grande maioria do público, mas para não dizerem que estamos sonegando informações, vamos lá: Atriz Coadjuvante, Octavia Spencer, por “Histórias Cruzadas”; Ator Coadjuvante, Christopher Plummer, por “Toda Forma de Amor”; Melhor Roteiro Original, Woody Allen, por “Meia-Noite em Paris”; Melhor Roteiro Adaptado para o filme “Os Descendentes”; Melhor Montagem para a produção “O Homem Que Não Amava as Mulheres”; Documentário para “Undefeated”; Curta-Metragem para “The Shore”; Curta-Metragem Documentário para “Saving Face” e, finalmente... [ufa!], Curta-Metragem de Animação para “Fantastic”. 
O ARTISTA, embora tenha sido o grande vencedor, é considerado o menos festejado pelo público, porque é “mudo” e “em preto e branco”. E, por incrível que pareça, deu muito mais trabalho à equipe de produção do que daria um filme de formato tradicional, porque não é fácil deixar compreensível a estória de um filme sem nenhum diálogo, o que prova que Charles Chaplin não é considerado gênio por acaso. Em matéria de procura, a fatia de mercado parece pertencer ao ótimo “A INVENÇÃO DE HUGO CABRET”, uma aventura que tem um pouco de tudo e magistralmente dirigido pelo Martin Scorsese. 
De resto, o negócio é esperar que esses sucessos decolem das salas de cinema para depois aterrissarem nas videolocadoras, lembrando que alguns “indicados” – sucessos de público que acabaram não ganhando nenhum prêmio – já estão disponíveis. São eles: TRANSFORMERS/O LADO OCULTO DA LUA, PLANETA DOS MACACOS: A ORIGEM, HARRY POTTER E AS RELÍQUIAS DA MORTE/PARTE 2, KUNG FU PANDA 2 e RIO. 
E, como o assunto da coluna desta semana é o Oscar, hoje indicamos alguns filmes que foram premiados em festas anteriores, muito expressivos, posicionados entre os mais alugados nas locadoras e que caíram nas graças do público em geral. Dê uma conferida, escolha o seu, e curta o aconchego do lar com filmes mais do que consagrados. 
Uma ótima semana a todos. 
Até a próxima! 

PROMOÇÃO PERMANENTE DA 2M VÍDEO
DETALHES NO FINAL DA COLUNA

CARRUAGENS DE FOGO: a trilha sonora marcou esta produção que ganhou 4 Oscar em 1981, incluindo o de Melhor Filme, e conta a longa e difícil trajetória de um grupo de atletas nos Jogos Olímpicos de 1924. Lutando contra todas as adversidades de uma época em que tudo era mais difícil, a trama fica centrada em dois corredores que topam um desafio que vem de dentro de cada um deles: vencer os próprios limites. Um exemplo de superação que deve ser visto como lição de vida. 
Gênero/tema: drama/superação tempo: 123 minutos 

PLATOON: geralmente, filmes do gênero “guerra”, conquistam a maioria do público masculino – geralmente as mulheres não gostam de filmes violentos -, mas este é especial pela beleza do realismo impresso na tela. Ambientado durante a famigerada Guerra do Vietnã, mostra com clareza as injustiças cometidas por um exército onde nem os próprios soldados sabiam por que e por quem estavam lutando. A produção conquistou platéias do mundo inteiro e trouxe à tona a verdade inquestionável e explícita de que num conflito nunca haverá vencedores. Emocionante e esclarecedor. 
Gênero/tema: guerra/guerra do Vietnã tempo: 120 minutos 

SOBRE MENINOS E LOBOS: vencedor do Oscar nas categorias Melhor Ator para Sean Penn e Melhor Ator Coadjuvante para Tim Robbins, sob a direção do mestre Clint Eastwood, a estória é ambientada num cenário que mescla drama e suspense, mostrando a trajetória de um grupo de amigos que cresceram juntos, mas que seguiram caminhos diferentes depois de uma terrível tragédia. Anos depois, eventos brutais fazem com que eles se reencontrem para resolver o assassinato da filha de um deles. O talento do diretor Clint Eastwood conduz a trama com maestria, ancorado por um elenco de peso, que consegue desempenhar os personagens criados por um roteiro que fica próximo da perfeição. 
Gênero/tema: suspense dramático/justiça tempo: 138 minutos 

A VIDA DOS OUTROS: vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, mostra o período da história em que a Alemanha foi dividida em duas – Oriental e Ocidental. Inspirado numa história real que se passa nos anos 80, conta o envolvimento afetivo de um escritor com uma atriz. Com a suspeita de que os dois sejam infiéis às idéias comunistas, o sistema de espionagem da Alemanha Oriental coloca um agente para monitorar o casal. Como o agente vivia sob o regime comunista – que limitava o acesso à música, à literatura e a outros “luxos” do mundo ocidental -, ele começa a ficar fascinado com “a vida dos outros”. Um filme que ganha a atenção do telespectador a cada seqüência, e que foi aplaudido por plateias do mundo inteiro. Toda a produção é feita com grande esmero e zelo, e uma passagem próxima do desfecho vale toda a produção. Imperdível! 
Gênero/tema: drama investigativo/civis sob controle político tempo: 132 minutos 

SANGUE NEGRO: definido por um crítico do “The New York Times” como uma obra de arte, a produção faz jus ao comentário e rendeu para o consagrado Daniel Day-Lewis o Oscar de Melhor Ator. Ambientado na Califórnia do início do século XX, mostra sem reservas a guerra travada entre os caçadores de petróleo – que despontava como uma riqueza mais valiosa do que ouro -, e um pastor que os confronta em nome da ambição pessoal. A luta entre eles é o centro dessa conflitante, trágica e histórica jornada ao abismo da loucura, causada por corrupção e fraudes. Já entrou para a lista dos grandes épicos americanos. 
Gênero/tema: aventura épica/ganância tempo: 158 minutos 

2M VÍDEO
3232-6419 – 14 ÀS 22 Hs
RUA MASCARENHAS DE MORAES, 642

PROMOÇÃO PERMANENTE

PACOTE C/ 4 FILMES > PAGUE 3 FILMES

Prazo de permanência p/pacote:
Segunda à Quinta > 48 horas
Sexta-feira > devolução na segunda-feira
Sábado > devolução na terça-feira

NÃO ESQUEÇA! 
“LANÇAMENTO É TODO FILME QUE VOCÊ AINDA NÃO VIU”

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