Coluna-Ponto-de-Vista-1

Falando em música

Cibele Ambrozzi
Colunista do blog


Mitos e lendas III 

Peço desculpas pela demora na atualização da minha coluna galera, mas é que faculdade, trabalho, música, ensaios e a manutenção de minha sweet home estão me matando, mas se for pra morrer que seja com prazer! hehe... 

E seguimos com as curiosas histórias dos nossos queridos astros do rock, falando em morte, lembrei-me de uma, que sinceramente é mais trágica do que engraçada a respeito de Mama Cass Elliot, nome artístico de Ellen Naomi Cohen, uma das vocalistas do The Mamas & the Papas, ela participou de outros grupos, como Big Three e Mugwumps (do qual também fazia parte o futuro “Papa” Denny Doherty) dizem que Cass, quando se ofereceu para fazer parte do grupo no qual ela fez o maior sucesso, de inicio não fora aceita pelos outros integrantes devido ao tom grave de sua voz, alegavam não encaixar bem com o tom de voz da outra vocalista Michelle, e o fato de acharem que a obesidade de Mama não seria nem um pouco atraente. O fato (ou mito) trágico do qual eu me referi acima, na verdade, é que Mama veio a falecer em julho de 74 e acredite se quiser, engasgada com sanduíches que ficaram trancados em sua traquéia. Alguns afirmam que foi devido a um ataque cardíaco, outros dizem que foi overdose devido ao consumo abusivo de álcool e drogas, seja lá qual tenha sido a verdadeira historia da sua morte, a perda desta voz inesquecível foi irreparável.

Ainda nos anos 70, eis que surge um novo gênero musical, o punk, com a banda Sex Pistols que foram os rebeldes desta época, em uma Inglaterra tomada pelo caos social, abarrotada de greves e guerras raciais, ser punk era basicamente tocar rock de uma forma mais rude e ter atitudes mais extremas, como por exemplo, esfregar um cachorro quente no rosto só para tirar uma fotografia, fato esse que foi afirmado pelo próprio fotógrafo Bob Gruen (fotógrafo mais importante da história do rock) em um documentário onde relataram a biografia da banda, e claro, não poderia faltar, o consumo excessivo de variados tipos de drogas e produtos de limpeza, hehe, apesar disso, eles foram uns bons meninos, pelo menos no que tange à criatividade nas tais fotos, eram tão brincalhões que a qualquer momento e em qualquer ocasião era um bom lugar para se registrar, paravam tudo que estavam fazendo, se escabelavam um pouco mais, um cigarro no canto da boca e pronto, mais uma foto! 



E por que não injetar água sanitária da privada misturada com heroína? (não façam isso em casa crianças!) É, foi o que Sid Vicious, lendário baixista da banda Sex Pistols, deve ter pensado ao fazer tal loucura depois que viu seu ídolo Dee Dee Ramone ter injetando somente a droga no braço. Vicious morreu 3 anos depois por overdose (sério?! rs..), aconteceu após uma janta na casa de sua mãe, estavam comemorando sua liberdade (que só ocorreu devido ao pagamento de sua fiança, diga-se de passagem) da prisão, estava preso desde 12 ou 13, depende da fonte, de outubro 1978 por ter esfaqueado sua namorada na época, Nancy Spungen (prostituta que teria viciado o baixista em heroína), diziam que ela foi a Yoko do punk-rock, pois ambos começaram a se drogar ainda mais um com o outro. Na janta, Sid teria se trancado dentro do banheiro e injetado uma dose muito alta de heroína, foi encontrado morto na manhã do dia 02 ou 04 de fevereiro de 1979, num dos quartos do apartamento de Michelle Robinson, um ano depois de sair da banda, com apenas 21 anos! 

Seguindo nesta onda de punk-rock, encontrei Wendy O. Willians, um fenômeno que perpetuou entre os anos de 1978 a 1988, vocalista da banda Plasmatics, era considerada a “Rainha do Punk”, “Rainha do Shock Rock” ou “Sacerdotisa do Metal”, radicalizou com suas atitudes, transformou a cultura comodista e a musical, mais que a própria banda “Sex Pistols”, na opinião de alguns críticos. Tinha umas manias no palco, digamos assim, um tanto estranhas, tá tudo bem, ela era porra loca mesmo, como por exemplo, simular masturbações nos shows, que eram marcados também por muitas explosões, cerra elétrica, e etc, fazia gestos obscenos como se estivesse em pleno ato sexual e já teve vezes que subiu ao palco usando somente creme de barbear no seu corpo e uma pequena calcinha, como de costume. Foi proibida de entrar em um programa de TV pois estava com os seios a mostra, ora bolas, sendo esta sua marca registrada, lógico que não esconderia né! 


Wendy passou por maus bocados devido às suas performances, tanto que em 1981, foi presa e espancada por policiais depois de simular um ato sexual no palco da boate “The Palms” em Milwaukee, foi acusada por indecência. Ao tirá-la para fora do clube os policiais agrediram-na até que ficasse inconsciente, Rod Swenson, seu produtor, ao tentar lhe defender, também levou uma surra após ser arrastado para trás de um carro. Mesmo com o nariz quebrado, seios machucados e mais algumas escoriações, Wendy juntamente com sua banda, se apresentou em um show em Milão. 

Foi atriz e fez participações no seriado de televisão chamado “Macgyver e até alguns filmes pornôs, logo no inicio da sua carreira, dirigidos pelo seu produtor que veio a se tornar seu companheiro tempos depois e em 1985 foi nomeada para um Gramy de melhor vocalista feminina do punk rock. 

Apesar da imagem rebelde, ela sempre esteve envolvida em atividades de defesa dos direitos dos animais, foi defensora da boa saúde e vegetariana (tá explicado o corpão da moça agora né?!), além de ter trabalhado em uma cooperativa de alimentos orgânicos. Resolveu parar com a música e em 1998, decidiu por tirar sua vida, quando Rod voltava pra casa, encontrou a cantora caída em uma mata, próxima de sua casa, com um tiro na cabeça. Em uma de suas notas, ela declara o porquê se suicidou e se despede: “O ato de tomar a minha própria vida não é algo que eu estou fazendo sem muito ter pensado. Eu acredito que as pessoas não devem tomar suas próprias vidas sem uma reflexão profunda e ponderada ao longo de um período considerável de tempo. Eu acredito fortemente, porém, que o direito de fazê-lo é um dos direitos mais fundamentais que qualquer pessoa em uma sociedade livre deve ter. para mim grande parte do mundo não faz sentido, mas meus sentimentos sobre o que estou fazendo me dizem alto e em bom som que estou indo para um lugar onde exista apenas calma. Amor para sempre, Wendy.” 

E já que estamos falando em ótimos astros e grandes tragédias, no dia 24 de novembro de 1991, eis que perdemos o responsável de uma das mais fabulosas vozes, uma figura bizarra que conquistou vários fãs durante mais de duas décadas, com uma presença de palco inesquecível, Freddie Mercury. Numa de suas declarações ele afirma: “Diria que sou um homem de extremos. Tenho um lado delicado e um lado difícil. Posso ser vulnerável e, ao mesmo tempo, muito forte. Não tenho meio-termo.” 

Uma das marcas registradas na vida de Freddie que certamente ajudou a torná-lo uma figura ainda mais reconhecida, foram as festas realizadas em sua mansão que duravam semanas, a ponto dos convidados ficarem hospedados em sua casa. Poucos se atreveram a relatar o que rolava, porém, Trip Khalaf não teve papas na língua e soltou o verbo, relatando tudo o que viu na festa de aniversário de 39 anos do cantor: “Entrei na festa e havia anões, duendes, ogros e ladrões, bailarinas, travestis, transexuais e algumas pessoas do terceiro sexo também. Havia um anão coberto de fígado em uma bandeja, e quando alguém passava a espátula ele se sacudia todo, e o prato de fígado tremia. Parecia um prato de patê dançante.” Uma das exclamações que resume as festas: “Irei para o Inferno por isso”. Glamour, muitas drogas, bebidas e orgias, cada convidado deveria ir vestido de sua maior fantasia. Confira algumas imagens de um documentário que relata sobre a lendária festa de aniversário de Freddie e alguns convidados: 



E quem pensa que Freddie Mercury foi sempre gay, está muito enganado, ele teve um relacionamento de 6 anos com Mary Austin, a quem se apaixonou perdidamente na época, mesmo depois que descobriu seu lado homossexual, motivo pelo qual romperam o relacionamento, continuaram grandes amigos, tanto que ele deixou sua mansão para Austin, em seu testamento. 


Freddie teve vários relacionamentos e amantes depois de ter assumido sua vida sexual, até o dia em que encontrou o homem pelo qual se apaixonou e viveu até o fim da sua vida, Jim Hutton. 



Freddie fazia questão que dizer que sua vida era um eterno carnaval, e foi numa de suas orgias que ele contraiu o vírus da AIDS, claro que não se sabe exatamente como, pode ter sido através de relações sexuais ou até mesmo ter se contaminado pelo uso de drogas injetáveis. Pouco foi divulgado sobre sua situação na época, a família não se manifestava quanto às suspeitas de que ele estava doente, somente no dia 23 de novembro de 1991 o cantor confirmou a doença e no dia seguinte, quando os jornais anunciaram sua morte, um grande choque e uma tristeza mundial se alastrou, pois ninguém imaginava que o caso estava tão grave até por que o cantor continuava compondo e gravando, fazendo aquilo que tanto amava, aliás, uma de suas composições foi a magnífica canção “The Show Must Go On” (O show tem que continuar), foi como se estivesse deixando um recado, um consolo a seus fãs e admiradores, pois sabia que o pior iria acontecer, como podemos conferir em uma das estrofes da música: “Inside my heart is breaking, my make-up may be flaking, but my smile still stays on”. 
Suas composições e letras transbordavam sentimentos, Freddie Mercury exalava sentimento, uma lenda, um mito, um talento e um carisma sem igual... 

(CONTINUA) 

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