Coluna "Falando de Avivamento"

Pr. Fernando Silveira, do Ministério Aviva

Colunista do blog

MONTE SINAI: VIM, SUBI E SOBREVIVI!

Todos nós acordamos com uma certa ansiedade, era o dia de subir no Monte Sinai. Para chegar lá eram necessárias algumas coisas; saímos de Eilat - Israel por volta das 14h, seguimos em direção ao Egito. Depois de passar pela imigração, diga-se de passagem que demorou um pouco. Tudo resolvido, um novo guia, um novo ônibus, um novo motorista; partimos para a cidade de Saint Catherine. 

No percurso se observa que a pobreza é grande no Egito, percorremos os 220 km e quando chegamos ao hotel já era de noite. Depois da janta e do banho deu tempo para descansar. Eram 1h30min do novo dia quando nos encontramos no hal do hotel, o ônibus nos aguardava e o guia nos deu as orientações necessárias. 

Na subida do Monte Sinai se aprende algumas coisas, uma delas é o companheirismo, dependemos uns dos outros e precisamos agir como um grupo. O caminho é muito difícil, complicado mesmo, é necessário um esforço grande demais, e vai dificultando a cada lance que subimos. O caminho é em forma de zigue-zague; com muitas pedras soltas, de todos os tamanhos, e muitas vezes escorregadias. Quando você pensa que está chegando, aparece mais um caminho e um trecho mais difícil que o anterior. Os últimos 2 km exigem um esforço maior ainda, o peso da mochila que levava nas costas e que continha o material que levava para abençoar e consagrar no alto do monte, consistia em óleo para ministração, óleo de unção, talit, um shofar para unção e ainda água; o peso da mochila se multiplica, dá vontade de tirar das costas e pegar na volta. Mas eu tinha um compromisso com Deus, minha família e a igreja. Também tinha atravessado em "case" com um shofar de antílope. 

Como sempre, enquanto caminhava lentamente o suor escorria pelo rosto, e nem mesmo a temperatura baixa evitou que suasse demais. Depois de aproximadamente 2h45min chegamos ao cume do monte. Alguns minutos para localizar o grupo que subiu montado em camelos e juntar toda a equipe. Fiquei um silêncio, diminuindo a frequência cardíaca e relaxando o corpo do esforço empreendido. Comecei a orar, e a Presença veio sobre mim, meu corpo tremia, as lágrimas corriam com abundância, e uma emoção muito forte tomou conta de mim. Muitos pensamentos passavam em minha mente, e recebemos a palavra profética para o ano de 2013, ela se encontra em Oséias 10:12 e nos fala de trabalho, de buscar a Deus e do tempo de justiça. Que experiência sobrenatural, o perfume do Senhor está naquele lugar. Ali ficamos cerca de uma hora. Apresentamos os pedidos trazidos de tantos lugares, e abençoamos e consagramos tudo o que tinha que ser abençoado e consagrado. Oramos buscando do Pai a capacitação para realizar tudo que Ele tem destinado a nós. 

O sol nasceu rapidamente, iluminando as montanhas e nos brindando com a beleza única. Oramos, queimamos os pedidos e começamos o caminho de volta. A pernas ainda não tinham descansado o suficiente, mas tínhamos horário para cumprir. Agora com o dia claro, podíamos enchergar o grau de dificuldade que enfrentamos na subida, e que teríamos que enfrentar na descida. Um pouco mais de duas horas para pecorrer os 7,5 km e o ônibus já nos aguardava. 

Neste momento que escrevo, nos encontramos fazendo o caminho de volta para Israel. Depois de tudo isso, e com o corpo dolorido pelo grande esforço que havia feito, se alguém me perguntasse: 

"Valeu a pena?" e "Você faria de novo?" Com toda a certeza posso dizer que valeu demais, e que faria tudo de novo!

Luiz Fernando - do Egito 01/12/12