Textículos do Mário Mércio
Mário Mércio
Colunista do Blog
Churrasco
Fui na Expointer e lá vi não só o boi no rolete, como o boi vivo. Todo mundo só queria churrasco e ver os artistas da família bovina e ovina. Reses tão lindas que mereciam posar para a Revista Playboy. Imagino-as sensuais, patas erguidas por trás da nuca, como Juliana Paes de todas as carnes. Úberes enormes derramando leite, sendo amaciadas por homens viris.
Na churrascaria apliquei talhos carinhosos naquela gloriosa proteína.Posso garantir, como homem da fronteira, que a carne era suculenta, macia e sua dona devia ser uma vaca circunspecta, ajuizada em pastagens, quem sabe das bandas do criatório BT, no máximo descendente de uma premiada.
Estava a pensar na “Semana Crioula” por este Rio Grande amado e na comilança, quando me deparei com um desses banzeiros indianos que fazem da abstinência de carne o alimento da alma. O sacerdote de cabelos empinados, coloridos e com túnica branca, me ofereceu um folheto, onde se lia: - “Deus é vegetariano”. Comendo carne, rezava o papel, estaríamos irremediavelmente condenados à lei do Carma, que decorre do princípio científico segundo o qual a “cada Ação corresponde uma Reação”. Quer dizer: quem mata para comer carne será comido da mesma maneira, em outra vida. Bem pelos vermes a gente já sabe que será comido mesmo....
Mas cuido-me para não subjugar-me ao dito pelo sacerdote indiano “ Krishina” que afiançava que as vacas, se não estão loucas, são sagradas. Porquanto, para mim, sagrado é o filé no prato ou a picanha na brasa e que tal “Krishina” vá pregar sua filosofia na Índia, onde se sabe, as vacas perambulam pelas ruas até morrerem.
Disk-notícia:(55)9 9664.2581