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Advogado e Colunista do blog
OAB-RS 70.046
Especializado em Direito Tributário,
Atuante na Área do Direito Militar
LIDERANÇA IV
É um redobrado prazer voltar a me comunicar com o prezado leitor e ou internauta. O assunto que ora trataremos refere-se à continuidade do assunto “liderança” . No último artigo vimos a Liderança Operativa, aquela que o líder tem a seu dispor ferramentas que o auxiliam no desempenho de tal função. Eram elas o EXEMPLO, a CORAGEM, a INTEGRIDADE.
No presente artigo, trataremos de Liderança Executiva, aquela que imaginamos deva ser exercida pelo gerente executivo de uma empresa. Esta é a fase da vida a qual considero mais bonita, mais abrangente e mais eficiente, mas também aquela que exige mais do administrador, principalmente quando no desempenho de funções gerenciais. Esta, além de exigir atributos de liderança, também requer conhecimentos administrativos, pois poderão vir a ser Ordenadores de Despesa (OD), com responsabilidade administrativa junto ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) e ou da União (TCU), caso dos políticos, ou com responsabilidades junto a Conselhos de Administração de empresas.
Por isso, entendo que o líder nesta fase deve colocar dois “chapéus”, o de OD e o de Líder. O primeiro relacionado à administração, ao gerenciamento, ou seja, “fazer certo as coisas”, e o segundo, relacionado a condução de pessoas, será exigido “fazer a coisa certa”. Nestes aspectos, Eugenio Carvalhal, especialista em economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV), em seu livro “O Ciclo de Vida das Organizações”, nos brinda com a definição de Gerente e de Líder. Diz ele que gerente é aquele que administra e lidera ao mesmo tempo. O primeiro trata das técnicas, dos recursos tangíveis, dos processos, das regras e do uso da tecnologia, enquanto que o outro engloba atitudes, comportamentos, intenções e motivação.
O segredo reside em quando aplicar uma ou outra forma, ou seja, quando for administrador ou quando for líder. Para isto, deve-se estar atento ao estágio de desenvolvimento por que passa sua Organização para saber se é hora de aplicar medidas administrativas preponderantemente sobre as de liderança ou se o contrário. Carvalhal nos sugere um caminho a ser seguido que em resumo é o seguinte:
No presente artigo, trataremos de Liderança Executiva, aquela que imaginamos deva ser exercida pelo gerente executivo de uma empresa. Esta é a fase da vida a qual considero mais bonita, mais abrangente e mais eficiente, mas também aquela que exige mais do administrador, principalmente quando no desempenho de funções gerenciais. Esta, além de exigir atributos de liderança, também requer conhecimentos administrativos, pois poderão vir a ser Ordenadores de Despesa (OD), com responsabilidade administrativa junto ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) e ou da União (TCU), caso dos políticos, ou com responsabilidades junto a Conselhos de Administração de empresas.
Por isso, entendo que o líder nesta fase deve colocar dois “chapéus”, o de OD e o de Líder. O primeiro relacionado à administração, ao gerenciamento, ou seja, “fazer certo as coisas”, e o segundo, relacionado a condução de pessoas, será exigido “fazer a coisa certa”. Nestes aspectos, Eugenio Carvalhal, especialista em economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV), em seu livro “O Ciclo de Vida das Organizações”, nos brinda com a definição de Gerente e de Líder. Diz ele que gerente é aquele que administra e lidera ao mesmo tempo. O primeiro trata das técnicas, dos recursos tangíveis, dos processos, das regras e do uso da tecnologia, enquanto que o outro engloba atitudes, comportamentos, intenções e motivação.
O segredo reside em quando aplicar uma ou outra forma, ou seja, quando for administrador ou quando for líder. Para isto, deve-se estar atento ao estágio de desenvolvimento por que passa sua Organização para saber se é hora de aplicar medidas administrativas preponderantemente sobre as de liderança ou se o contrário. Carvalhal nos sugere um caminho a ser seguido que em resumo é o seguinte:
-
identifique o momento do ciclo de
vida da empresa, o projeto, o produto, a equipe e até mesmo os indivíduos;
-
perceba quais as habilidades básicas
de gestão (liderar ou administrar) que deverão ser usados de forma prioritária;
-
compreenda que não existe liderança
sem liderados envolvidos, e que o
território de ação do gestor passa pelo desenvolvimento de pessoas e equipes.
Outro
ponto importante relacionado ao gerenciamento e também aplicável é a liderança
holística ou tridimensional. Esta segundo James F. Bold, no livro “Líder do Futuro” procura unir o lado
profissional, com o pessoal e com o da liderança. Assim, a dimensão profissional provê os executivos de recursos necessários à
identificação dos desafios profissionais críticos e a lidar com eles. A dimensão pessoal se baseia na crença de que as pessoas não
podem ser líderes efetivos se forem ineficazes em suas vidas pessoais. Por fim
a dimensão da liderança irá partir
do fundamento de que os executivos podem desenvolver uma expressão de liderança
baseada na integridade e na autenticidade e, ainda, personificar sua liderança,
combinando competência com caráter.
Assim,
por definição, líder tem a finalidade de manter sua Empresa integrada e motivada.
Para isto precisam ser eficazes consigo mesmos e isso só será possível por meio
da autoliderança. Se não estiver se
autoliderando será hora de mudança. Ela começa com o “querer”, e a essência deste processo reside na arte de ouvir. A auto liderança está alicerçada em objetivos, valores,
visão e coragem (física e moral). É o caráter que cada um traz para o papel da
liderança. Um Gestor necessita demonstrar que possui autoliderança para motivar e influenciar seus subordinados. Portanto, verifique seu nível de
estresse, pois este influencia seu relacionamento com as demais pessoas.
Encontre seu equilíbrio de vida, onde será fundamental reconhecer e identificar
vícios pessoais e combatê-los. Se puder, faça um “chek-up” para verificar sua saúde e procure dentro do possível a
realização e a satisfação pessoal. São eventos que, sem dúvida, irão
beneficiá-lo no exercício da liderança executiva.
Outro
ponto crítico que deve ser objeto de cuidado por parte do Líder é o choque entre a credibilidade e a competência.
O líder deve ter credibilidade pessoal, ou seja, possuir hábitos, valores,
traços e competências pessoais que geram confiança e compromisso naqueles que
lidera. Porem a competência está ligada ao poder administrativo do líder, sua
capacidade de adaptar, estruturar, implementar e melhorar processos que levem
as Organizações a que atinjam suas metas. Ter um e não ter o outro significa o
choque e, portanto, a queda no nível de liderança. Assim, especial atenção deve
ser dispensada a estes dois aspectos no qual o líder deve manter em equilíbrio,
ou seja, a credibilidade e a competência.
Para
finalizar o presente artigo, gostaria de deixar para reflexão sete qualidades
que, se desenvolvidas, irão beneficiar o trabalho de liderança. São elas:
-
autodisciplina, que é o fato de você
não tentar enganar a si próprio. Este é o ingrediente básico do autocontrole e a fundação do auto-respeito;
-
propósito, que vem a ser a
determinação na busca de metas. Este se manifestará pela autodisciplina, confiança e
sabedoria. A falta, por meio da
frouxidão, esperteza e superficialidade;
-
realização, concretizada pelos
resultados obtidos, que serão as pilastras da liderança. Portanto, chegar à
eficácia é o objetivo e para isso usamos a decisão,
a determinação, a energia, o equilíbrio e o senso de
oportunidade. Um conselho: “mentes
pequenas tentam realizar tudo; homens sábios perseguem aquilo que é mais
importante” (Donald G. Krause - Revista Qualimetria, página 4);
-
responsabilidade, que é o fato do
líder assumir as derrotas para si e compartilhar as vitórias com os subordinados;
-
conhecimento, este dividido em três.
O fundamental traduzido pelo “saber”
dos aspectos básicos da arte da liderança; o estratégico sendo o entendimento das necessidades e metas
de seguidores e adversários; e o tático revelado pelo descobrimento de ameaças e oportunidades, bem como a capacidade de
resposta imediata;
-
comando, neste também incluso a
liderança, deve compreender a natureza específica do contato social e moral
entre líder e seguidores;
-
exemplo, traduzido pelas ações do
líder, serve de modelo comportamental para seus seguidores. Ressalto aqui a
importância do caráter do líder, pois este definirá o tom moral da sua
liderança. Tenha em mente que todas suas atitudes serão observadas, por isso dê
o exemplo mesmo que involuntariamente.
Espero
com este artigo ter evidenciado o caráter sênior desta fase ou nível de liderança,
pois é o ponto onde se perde o contato direto com o funcionário, porém está
mais experiente e recebe o encargo de administrador.
No próximo artigo, abordaremos o último nível da liderança, a que chamamos de Estratégica, ou seja, a destinada aos homens que pensam o futuro da Empresa. Até breve.
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