Espaço do leitor
Caio Flávio Lopes Rocha
Vereador do Partido Progressista
Um governador que só ouve os baderneiros
Demagogo. Não há adjetivo que possa definir melhor as atitudes do governador Tarso Genro nas últimas semanas. Talvez suas medidas eleitoreiras sejam reflexos da recente pesquisa que aponta sua possível (e provável) derrota na eleição de 2014.
Para, como sempre, posar de bom moço para a imprensa gaúcha – quando na verdade é um político intransigente, autoritário e opressor - o governador anuncia agora a intenção de reunir-se com o grupo de baderneiros, arruaceiros, pessoas que depredaram o patrimônio público, colocaram em risco centenas de pessoas que transitaram nas ruas de Porto Alegre, mascarados e escondidos à sombra do protesto que pedia a redução do valor da passagem de ônibus na Capital.
Enquanto o Rio Grande vive dias de caos, na Saúde, na Educação e, principalmente na Segurança Pública, o governador dedicará seu tempo para debater com PSTU e Psol – partidos de extrema esquerda que em nada contribuem para o desenvolvimento sócio-político-econômico do Estado, sobre as apurações de crimes cometidos durante os protestos. O governador quer se justificar com esses partidos que não é perseguição política.
Ora, somente o senhor Tarso Genro para, no momento em que a Nação vive, reunir-se com partidos que sequer têm representatividade na Assembleia Legislativa para justificar suas ações.
No entanto, na contramão deste falso “zelo pela democracia e pelo exercício do diálogo”, o governador, lamentavelmente, ignora o apelo dos professores, não cumpre a Lei do Piso, diz que a Educação dos gaúchos vai bem e ainda afirma que o CPERS/Sindicato não tem potencial político. É lógico que nenhum sindicato terá voz enquanto for oprimido e ameaçado.
Foi muito fácil aos governos do PT colher aplausos enquanto estava na oposição. Mantiveram-se na ribalta como salvadores da pátria. A exemplo de todos os gaúchos, torço para que o governador Tarso Genro pare de fazer teatro e assuma um papel respeitável na história. Este Estado, senhores, tem 10 milhões de habitantes que não podem ser tomados como plateia de embromadores.
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