Palavras Soltas

Cecília de Assis Brasil Petrarca Figueiredo

Colunista do blog

Não tenho regras, tenho sentimentos, sou regida por eles. Sou livre para usufruir ou sofrer pelas minhas escolhas. Livre, livre arbítrio...

Ainda que me perca na minha desordenada velocidade íntima, ainda que coabite em mim a fuga de idéias, prefiro imaginar que corro contra mim, contra as minhas próprias escolhas que circulam em veias, vísceras, coração ou coisas assim, mas que são e estão em mim. Não estou assaltando a alma alheia, não estou eliminando quem não compactua com minhas idéias e muito menos exigindo que concordem comigo. Não ando resgatando dores passadas, passados passados, coisas antigas, ultrapassadas, nem minhas e nem de ninguém, coisas de um tempo que não me pertence, nem a nenhum de nós, histórias que não mudam o final, nem o começo e muito menos o enredo. O que aconteceu aconteceu e não há como mudar. Se errei, errei e fim. Não sou santa nem quero ser, se outros erraram, não tenho nada com isto! Não sou de julgar atitudes alheias e muito menos o ontem, o que já foi e nem sombra deixou. Vivo para frente, não sou mais nem menos, nem melhor e nem pior do que a maioria das pessoas. Apenas sou eu. Não sou o que querem ou pensam. Determinam ou comandam, restringem ou julgam...Eu não! Não dou ordens e nem ninguém a mim... Ainda que a tantos não chegue a minha voz, a minha intenção, emoção, razão, ação ou reação, ainda serei eu. E certa ou errada, gostem ou não gostem, não me maquio, não me fantasio e não finjo, não me encubro e nem me cubro, não me escondo e não escondo as minhas inúmeras mancadas. Mas sei me desculpar se me perceber errada. Porque eu sou sempre como eu sempre fui. Ainda que me perca sistematicamente nos meus pensamentos, mas eu me rearrumo, me recupero, me restauro, me reinvento e remendo. Não sou ilusionista. Não sou mágica, mas há ilusão ou desilusão na ótica de quem vê, fazendo-me invisível aos olhos, ao olhar e a interpretação dos que se perdem. Sou bem visível, espalhafatosa, como sempre fui e sempre serei, mas não me busquem em cartolas, pois não me presto a iludir ninguém. Se os outros não vêem é porque não querem ver, iludem-se, desconcentram-se, deixam-se enganar. Eu não! Eu não engano e nem ninguém a mim...

Só não se achem no direito de me julgar ou me condenar por eu ser BEM VERDADEIRA e dizer o que penso, pois é perda de tempo. Vou sempre me mostrar, me expor e certamente me indispor. Mas sempre cara à cara, sem meias palavras, sem evasivas, sem frases com duplos sentido, por que este é o meu jeito, porque esta sou eu. Os que não gostam ou não me aceitam, que saiam de mansinho, pois nem vou reparar, PORQUE EU SÓ REPARO EM QUEM EU GOSTO, E SÓ QUERO QUEM ME QUER, de gente hipócrita estou até os gorgomilos, já quase tendo enjôos...

Antes que eu me esqueça, eu ando quase na velocidade da luz, o que ontem foi, FOI. Hoje já não é mais e amanhã, ora amanhã....