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Polícia Federal investiga suposto desvio de R$ 300 mil da Santa Casa de São Gabriel

Cinco pessoas seriam participantes de esquema que lesou instituição entre 2004 e 2012

A Polícia Federal (PF) de Santana do Livramento investiga um caso de suposto desvio de recursos do Hospital Santa Casa de Caridade de São Gabriel.
Conforme denúncia a qual a Rádio Gaúcha teve acesso, a suspeita é que cinco pessoas participaram de um esquema de desvio de recursos no período entre 2004 e 2012. Três delas ocupavam cargos dentro do hospital na época. Os valores desviados vinham do Fundo Municipal de Saúde, Emendas Parlamentares de deputados e contribuições solidárias da população. Eram feitos desvios mensais para uma conta particular. Os desvios durante os oito anos chegam a R$ 300 mil.
O hospital, junto com outros da região, tem atendimentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) prejudicados devido à falta de repasses por parte do governo. Há pelo menos R$ 2 milhões atrasados e o hospital já reduziu horas extras. A instituição atende 8 mil pacientes por mês em quatro especialidades mais urgência e emergência.
O fato veio à tona após denúncia de uma ex-funcionária que tinha conhecimento do esquema e foi demitida. Apuração dá conta de que outros dois colaboradores do hospital também tiveram participação além dela. Outros dois integrantes seriam de Cacequi. Eles não tiveram a identidade divulgada. Um dos colaboradores era responsável por efetuar os depósitos, um segundo intermediava e um terceiro geria os recursos. Ainda não se sabe o papel das duas últimas pessoas no esquema.
A denúncia motivou o provedor do hospital, Luiz Carlos Venturini Dotto, a contratar uma empresa de Santa Maria para fazer uma auditoria nas contas do hospital em busca das irregularidades. O documento foi finalizado na semana passada e entregue pela direção da Santa Casa ao Ministério Público Estadual (MPE) de São Gabriel na última sexta-feira (4). Dotto preferiu não falar sobre o que a auditoria apontou, deixando a responsabilidade a cargo do MPE. O responsável pelo caso é o promotor Frederico Carlos Lang. Como a investigação está em um momento inicial, não foi possível passar detalhes.
Conforme o delegado Alessandro Lopes, “a polícia federal instaurou inquérito para investigar o caso”. “A investigação está em um momento inicial, por isso não é passar detalhes, no entanto, é possível antecipar que há indícios de irregularidades”.
A PF solicitou o documento da auditoria.
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