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Delegado diz que adolescente que matou criança de 2 anos sofre de transtornos mentais

Após um adolescente, de 17 anos, ter confessado que matou uma criança de 2 anos, no último sábado, o delegado José Bastos revelou mais detalhes sobre o crime em uma coletiva de imprensa na manhã de hoje.
Kauany Vitória Rodrigues Veloso foi encontrada sem vida e com ferimentos no pescoço próximo a um açude na manhã do sábado, no Bairro Santa Clara. Segundo Bastos, o adolescente relatou que sofre de transtornos mentais. 
"Constatamos através dos depoimentos que o adolescente é uma pessoa inteligente, capaz de planejar um crime. Percebemos também que ele sofre de transtornos mentais. Em várias passagens, ele relatou alucinações ou até mesmo delírios ", conta o delegado. 
Ainda conforme o delegado, o adolescente se irritava com o choro da menina. Como a criança estava longe da mãe, ela chorava muito e essa teria sido a motivação para a morte. Além disso, Bastos informa que o adolescente não se referia à menina como uma criança, mas como uma boneca. 
"Essa situação não ficou muito esclarecida, mas ele não considerava a menina uma pessoa. Ele relatou também que agia por determinação de uma entidade espiritual. As vozes que ele ouvia determinavam como ele deveria agir. Por fim, ele mencionou também que já fez uso de drogas, o que pode ter contribuído para as alucinações", disse.
De acordo com Bastos, desde que o corpo foi encontrado, a principal hipótese da polícia era de homicídio, embora não tivesse o resultado dos laudos periciais. Ontem, a polícia teve a confirmação que a morte foi por hemorragia externa por causa dos ferimentos no pescoço, ocasionados por uma faca. A criança teve ainda asfixia, pelo sangue que entrou nos pulmões. 
O delegado diz que o adolescente tapou a boca da menina com a mão e levou-a até um quintal, que fica nos fundos da casa onde estavam. Lá, ele colocou-a no chão e usou a ponta de uma faca para perfurar o pescoço da vítima. 
O adolescente responsabilizado pelo crime estava acompanhando outro adolescente que trabalhava como babá da menina. No momento da morte, o adolescente que cuidava de Kauany estava dormindo e não presenciou o fato. 
O adolescente foi conduzido à internação provisória e deve ser encaminhado para o Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) em Santa Maria. A mãe da criança, de 24 anos, que estava em outra casa no momento da morte, não deve ser responsabilizada, segundo a polícia.
O nome do adolescente não foi divulgado pela polícia em respeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Fonte: Diário SM
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