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Caminhada "Minha vida não podia esperar" pede atenção quanto a vinda de UTI Neonatal para São Gabriel

Caminhada foi realizada no domingo à tarde
Fotos: Anderson Almeida/Coluna Ponto de Vista
No último domingo, 15, foi realizada a caminhada "Minha vida não podia esperar", organizada pelos pais da menina Lívia Siqueira Rodrigues, morta no dia 3 de setembro, em Porto Alegre, vítima de meningite bacteriana. A criança foi atendida, inicialmente, em São Gabriel. Acabou transferida, às pressas, para a Capital após cinco dias de tratamento sem resultados.
A mobilização iniciou nas primeiras horas da tarde. As pessoas começaram a se aglomerar, por volta de 15 horas, mas a caminhada só começou uma hora depois. O público ficou bem abaixo do esperado. Cerca de 100 pessoas caminharam entre a antiga estação ferroviária e a Praça Dr. Fernando Abbott.




O foco da mobilização foi o Hospital de Santa Casa de Caridade. Os manifestantes querem que a Prefeitura tome medidas que permitam à instituição ampliar a atenção a criança e adolescente, disponibilizando médicos pediatras durante todo o período de funcionamento do PA 24H. 
Além disso, também contestam o atendimento profissional no setor, chegando a alegar que os médicos não valorizam a vida dos pacientes, como revela um dos cartazes.
Sobre isso, a família de Lívia chegou a cogitar a possibilidade de acionar judicialmente o profissional que atendeu a menina. Os pais entendem que o médico teria sido negligente no atendimento.

Confira o que rolou na caminhada:







E AGORA?
A implantação da UTI Neonatal voltou a ser pauta. Os manifestantes cobram da Prefeitura iniciativas que permitam o funcionamento de uma Unidade em São Gabriel, mas, tal decisão não depende das autoridades locais.
Segundo o secretário municipal da Saúde, médico Ricardo Coirolo, uma portaria ministerial estabelece um número mínimo populacional para o funcionamento de uma UTI Neonatal. Hoje, as UTIs Neo de Alegrete e Uruguaiana atendem a demanda populacional da região de abrangência da Coordenadoria de Saúde. Para São Gabriel ter o seu pedido atendido pelo Ministério da Saúde, a região precisará aumentar a sua população (e isso ainda vai levar anos).
Além disso, a UTI Neonatal atende crianças recém nascida com até 28 dias. Após o 29ª dia, a criança deve ser encaminhada para uma UTI Pediátrica. Essa deve ser prioridade para São Gabriel.
Atualmente, o Hospital de Santa Casa de Caridade tem todos os equipamentos e a área da UTI prontos para entrar em funcionamento. O que falta? Simples, dinheiro.
Para ter recursos do Estado ou da União, o serviço precisa ser credenciado. O Poder Legislativo já tentou, há dois anos, intermediar uma solução estabelecendo um sistema de contratualização envolvendo todas as Câmaras Municipais da região. O plano acabou esbarrando, exatamente, no credenciamento. Sem a habilitação do serviços, os Legislativos Municipais não querem disponibilizar recursos.
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