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Sem transporte, Escola Ataliba das Chagas pode "parar"

A Escola Ataliba das Chagas, localizada na região de Batovi, e com dois anexos nos Assentamentos Itaguaçu e Madre Terra, pode ter as atividades escolares prejudicadas por causa de uma decisão administrativa que reorganiza o transporte escolar no Estado. A Secretaria Municipal de Educação – que possui um convênio com o governo do Estado – cancelou o transporte de professores e funcionários que recebem pagamentos do adicional conhecido como “difícil acesso”. O valor é destinado aos servidores que dão aulas ou trabalham em locais afastados. A medida atende uma determinação da Secretaria Estadual de Educação, que entende que o servidores não teriam direito ao transporte.

De acordo com a direção da instituição, 36 funcionários foram afetados com a decisão, incluindo a diretora da Escola, Tânia Dorneles.

O Conselho Escolar publicou uma nota nas redes sociais denunciando a situação, classificada no documento como “descaso” que prejudica cerca de 240 alunos. O texto, assinado pelo presidente do Conselho, Claudinei Ludwig (conhecido pelo apelido Nico Lás), explica que os valores repassados pelo “Difícil Acesso” não cobrem os custos de transportes, “pois a Escola Ataliba se encontra a mais de 35 quilômetros da cidade, somando mais de 70km diários”.
Segundo o conselheiro, não há transporte coletivo que atenda a região nos horários e itinerários necessários. Além disso, O parcelamento dos salários – e consequente do auxílio – impediriam maiores gastos individuais.

PROTESTOS NESTA TERÇA
A terça-feira terá protestos na região do Batovi. A mobilização foi decidida em uma reunião na tarde desta segunda-feira (21), na Escola Estadual Fernando Abbott, com a presença de professores e funcionários da Escola Ataliba das Chagas.
A situação melhorou um pouco. De acordo com a diretora, os profissionais terão “carona” da sede do Município para a escola, mas continuarão sem alternativa para retornar à cidade no final do período. Além disso, todos eles terão que antecipar em uma hora a saída para o trabalho, já que o transporte cedido terá que fazer passagens por dentro de assentamentos.
Os servidores terão que sair da cidade antes das 5 horas (ainda de madrugada).
Os protestos terão apoio da comunidade escolar. Os servidores virão a pé (pela estrada), no encerramento do turno, com o objetivo de arrumar carona para a cidade. 
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