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Urcamp: ex-professores reclamam de atraso nos pagamentos de valores rescisórios

Gerzson e Alzira manifestaram preocupação com os atrasos
A redação do Coluna Ponto de Vista recebeu contato neste sábado, 7, do professor Carlos Eduardo Gerzson Souza, que durante anos foi professor da Universidade da Região da Campanha (URCAMP). Gerzson, entre FESG/Urcamp atuou como professor por 33 anos, até ser desligado no mês de julho deste ano.
Gerzson procurou a reportagem para informar que está com 4 meses de pagamentos de valores rescisórios atrasados e, outros professores que, assim como ele foram desligados, estariam ainda há mais tempo sem receber. Segundo ele, em São Gabriel, mais 5 ex-funcionários estariam nesta situação.
Sobre o acordo, Gerzson destaca que o mesmo foi assinado pelas partes e registrado no Ministério Publico do Trabalho e referendado pelo SINPRO.
"Vinhamos pressionando Bagé e o Sindicato, semanalmente. Em novembro, numa reunião com o Sindicato, a Reitora se comprometeu a pagar uma parcela com recursos que receberia do MEC referente ao FIES que seria creditado a URCAMP no dia 29 de novembro (pagaria no inicio de dezembro). Entretanto, até o momento não recebemos", disse.

EX-PROFESSORA TAMBÉM SE MANIFESTA
Com 34 anos entre FESG/Urcamp, a professora Alzira Elaine Leal, usou as redes sociais para manifestar a sua preocupação.
"Lamentável esta situação. Depois de 34 anos de serviços prestados com amor e comprometimento, ser tratada como "objeto descartável", que não merece qualquer consideração. Tudo o que fiz ao longo destes anos foi pensando na instituição e nos acadêmicos. Pelo menos "respeito" creio ser merecedora. No entanto, somos enganados, iludidos e pior, psicologicamente destruídos. Mas, não vamos desistir daquilo que é nosso de direito", disse Alzira.

O QUE DIZ A URCAMP?
Em comunicado, a reitora da URCAMP, Lia Maria Herzer Quintana, informou aos colaboradores que tiveram os contratos de trabalho rescindidos e não estão recebendo os valores rescisórios, na forma estabelecida no acordo coletivo de trabalho, que tal fato decorreu em virtude da situação excepcional, com a defasagem no número de alunos, pelo advento do 9º ano, no ensino fundamental, cujo ciclo acadêmico, repercutiu na prorrogação da realização do vestibular neste ano de 2019, o que se espera que esteja solucionado já a partir do vestibular para 2020.
Segundo a Urcamp, esse prejuízo também atingiu os contratos de trabalho ativos, cujos valores do 13º salário, após nove anos de gestão de Lia Quintana, terão de ser pagos parceladamente.
"Consciente das necessidades financeiras dos que possuem verbas rescisórias a receber, estamos diligenciando no aporte de recursos do FIES, cuja recompra está programada para o próximo dia 20, oportunidade em que, tudo ocorrendo bem, estaremos saldando os valores rescisórios correspondentes a parcela vencida no mês de novembro.
No intuito de melhor esclarecer a todos, informamos que os meses inadimplidos até outubro p.p, serão remanejados para as parcelas finais do acordo, incidindo sobre esses valores a compensação financeira de 1/12, por mês pendente de pagamento.
Não obstante as dificuldades financeiras enfrentadas não só pela Urcamp, mas também pelas demais instituições de ensino privado, a atual equipe de gestão, numa demonstração de comunhão de esforços, já direcionou para o pagamento de seus credores trabalhistas, desde o ano de 2013, mais de R$ 16.000.000,00 (dezesseis milhões de reais), sendo grande parte desse expressivo valor decorrente da ausência de recolhimento do FGTS pelas administrações anteriores, o que demonstra sua capacidade de superação mesmo diante de cenários adversos.
Lamentamos profundamente a situação imprevisível, contando com a compreensão de todos e na esperança de que tais adversidades não se repitam, desejar um Feliz Natal e Próspero Ano Novo", disse a nota.

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