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Segue a greve do magistério. Em São Gabriel, somente duas escolas voltam às aulas

Presidente Helenir Schurer e Pedro Moreira
Foto: arquivo site
A greve do magistério no Rio Grande do Sul segue e por enquanto não há expectativa de ser encerrada. De acordo com a Secretaria Estadual da Educação (Seduc), das 2,5 mil escolas da rede, 410 estão sem aulas. 
O Cpers/Sindicato, entidade que representa os professores, aponta que o número é ainda maior, chegando a 770 estabelecimentos.
Enquanto o impasse entre governo e a categoria não é resolvido, milhares de alunos aguardam em casa o desfecho nas negociações para poder encerrar o ano letivo. 
Segundo a Seduc, por lei, as escolas devem cumprir 200 dias letivos e 800 horas/aula. Quando a paralisação for encerrada, a pasta deverá encaminhar uma orientação às direções das escolas. Uma das possibilidade é realizar aulas também aos sábados para poder compensar os dias perdidos.
Os professores protestam contra o pacote do governo enviado ao parlamento que altera o plano de carreira do magistério. Entre outras reivindicações, o Cpers quer a aplicação do piso do magistério dentro do atual plano de carreira nacional, cujo maior salário é de R$ 7.673,22. No texto protocolado na Assembleia, o maior salário básico seria de R$ 3.887,30. 
A ideia é aumentar esse valor, mas também aumentar a progressividade. Ou seja: para chegar até o valor máximo, será preciso ganhar mais promoções ao longo da carreira.
A Presidente do Cpers/Sindicato, Helenir Schürer reforça que a greve não tem data para terminar e que a volta às aulas está condicionada à revisão do projeto enviado à Assembleia.
"Agora, se o governador decidir cortar o ponto, não haverá recuperação das aulas. Não iremos trabalhar de graça. Eduardo Leite vai ter que encontrar um jeito para este problema que ele mesmo criou", pontuou Helenir.

EM SÃO GABRIEL, DUAS ESCOLAS VOLTAM

O Presidente do 41º Núcleo do Cpers, Pedro Moreira, informou que houve uma tentativa de acordo de greve com o Governador Eduardo Leite hoje à tarde, mas a audiência foi negada.
"O governo não fez acordo, por enquanto, continua querendo fazer a audiência só dia 10 de janeiro, estamos tentando essa audiência desde 20 de dezembro, então a greve só termina se o governo fizer acordo de greve, quem voltar antes está dando força ao governo que está fazendo de tudo para liquidar nossa profissão e a Escola Pública Estadual", disse.
Pedro informou que a Escola Fernando Abbott retornou às aulas hoje e amanhã, será a vez da Escola João Pedro Nunes (Poli). Ainda na sexta-feira, 3, Sueni Goulart e Menna Barreto (que no curso normal - magistério - já está recuperando as aulas), farão uma reunião para definir se voltam ou não. Escolas tradicionais como Marques Luz e XV de Novembro já definiram que vão aguardar a reunião com o Governador Eduardo Leite.
E à tarde, às 16h, na Escola Menna Barreto, ocorre uma Assembleia Regional com todas as escolas para discutirem os próximos passos.
Na segunda-feira, dia 6, o Conselho Geral e o Comando de Greve se reúnem em Porto Alegre para uma nova tentativa de antecipar a audiência prevista para o dia 10.

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