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Estudantes do interior recebem material didático na porta de casa

Eshiley Rodrigues é uma das beneficiadas
A crise provocada pelo coronavírus reinventou a forma de ensinar em São Gabriel. Com as aulas suspensas desde março por causa da pandemia mundial, a Secretaria Municipal de Educação de São Gabriel mantém um roteiro, fixo, de 16 linhas do transporte escolar para a distribuição de material didático. 

Em média, de acordo com o coordenador do Setor de Transportes, Diovani Langendorf, os motoristas percorrem cerca de 2 mil quilômetros a cada 15 dias. No total, 700 estudantes são beneficiados com o programa de atenção ao público da zona rural. 

A maioria dos alunos não têm acesso a internet. No Azevedo Sodré, a adolescente Eshiley Rodrigues Bacedonio, de 15 anos, é uma das beneficiadas com as atividades pedagógicas não presenciais. 
"Eu, como não tenho acesso a internet, recebo o conteúdo da escola por meio do transporte da Secretaria. De 15 em 15 dias, eu recebo novo material e encaminho o que já concluí. Eu faço em casa (sozinha) o que consigo. Quando eu acho muito difícil, acabou buscando auxílio na internet (na casa da minha tia)", explica a aluna do 9º ano da Escola Maria Manoela. 

NA SEDE DO MUNICÍPIO 
Dos mais de 6,5 mil alunos, somente os matriculados nas Escolas de Educação Infantil ficaram fora do cronograma de atividades pedagógicas não presenciais aplicados para estudantes da rede pública municipal. Os demais, alunos de 1º a 9º Anos e Ensinos Médio e Técnico, todos estão recebendo conteúdo para estudo residencial. 
A Secretaria Municipal de Educação planeja incluir as crianças da educação infantil numa segunda etapa com a distribuição polígrafos para as turmas de Pré A e B. 
De acordo com o secretário municipal de Educação, professor Gleidevam Marques, as escolas da sede do Município adotaram uma série de estratégias para atender todos os públicos, desde os que têm acesso a internet e equipamentos de informática até àqueles que não possuem tecnologia para acompanhar as aulas que chegam através das redes sociais e telefones celulares. 
"Quem não tem condições de acompanhar as atividades através das redes sociais, videoaulas e whatsApp, também tem acesso a todo o conteúdo, pois fica a disposição dos pais nas Secretarias das Escolas", explica.

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