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Mulheres de São Gabriel e Rosário relatam casos de abuso e assédio nas redes sociais

Uma corrente de mulheres para relatar abusos e violências cometidas por homens no Brasil ganhou destaque no Twitter nesta semana e chegou a São Gabriel e Rosário do Sul. Por meio de perfis anônimos, as vítimas enviaram mensagens relatando os casos que teriam ocorrido e relatando inclusive nomes, motivadas pela campanha#Exposed. A Polícia Civil salienta que as vítimas destes assédios devem procurar a Delegacia formalizar as denúncias de forma legal junto às autoridades.
Nestes perfis, as jovens enviaram depoimentos de situações em que foram violentadas ou submetidas a situações de constrangimento ou abusivas em festas, encontros ou até mesmo na rua, ou ainda em relacionamentos. No Twitter, as vítimas detalham os abusos e até mesmo nomes. O movimento teria começado no Paraná e se espalhou pelo Brasil em vários estados, onde jovens meninas anônimas usaram o perfil de uma conta para denunciar estes abusos. Em São Gabriel, os perfis começaram a ter grande repercussão em menos de 24 horas, por relatar vários casos, e em grande parte de adolescentes.
O site Caderno 7 conversou com o Delegado de Polícia José Soares Bastos sobre o assunto. Ele orientou que as vítimas destes crimes procurem a Polícia Civil para relatar o fato, a fim de que se possa instaurar uma investigação. "Orientamos para que possam fazer as denúncias, mas sobretudo nos órgãos oficiais, dispomos de pessoal treinado e instrumentos apropriados para atender vítimas destes delitos deste tipo, crimes sexuais, inclusive tendo um cartório especializado em nossa Delegacia", frisando o Cartório Especializado que há anos atua em questões deste gênero.
Ele relatou que algumas pessoas mencionadas nos perfis procuraram a Delegacia e relataram ser vítimas de calúnias, o que será investigado. "Orientamos que as vítimas destes crimes sexuais procurem os órgãos oficiais para fazer qualquer denúncia", finaliza. As vítimas desse tipo de violência em sua maioria, não relatam os abusos e passam parte da vida carregando a experiência traumática como um segredo que elas gostariam de revelar, mas se sentem inseguras e veem nestes perfis uma forma de desabafar, e a ação é vista como uma forma também de chamar a atenção delas para o problema. Mas frisa-se que as vítimas procurem as autoridades para que as denúncias sejam investigadas, conforme reforçou o Delegado.

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