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Comunidade mobilizada em audiência pública sobre crianças atípicas em Rosário do Sul

O plenário Amaro Gomes Souto da Câmara Municipal ficou lotado durante a realização da Audiência Pública sobre crianças atípicas na noite de quinta-feira, 22 de junho. O evento foi realizado pelo Legislativo em conjunto com a Defensoria Pública do RS. Um grande número de pais e mães, professores, autoridades prestigiaram o evento que foi transmitido ao vivo.
O evento foi denominado "Um olhar sobre as crianças atípicas no município de Rosário do Sul: A importância da promoção de políticas públicas voltadas a sua inclusão e desenvolvimento global", e foi organizado pela defensora Dra. Carla Cassol.
A abertura foi feita pelo presidente da Câmara Alisson Sampaio, tendo ainda a participação do prefeito Vilma Oliveira e da Defensoria Pública do RS de Rosário do Sul, com a Defensora Carla Cassol e o defensor Lourenço Bortolini. A Promotoria Pública do RS também prestigiou e fez parte da mesa principal dos trabalhos com a promotora Mariana de Bem Casa Nova e o promotor Maurício Quintana. O presidente da OAB, Dr. Cezar Prevedello, a secretária de Saúde, Sandra Moreira e a de Educação Jalusa Silveira, o secretário de assistência social Everson Müller juntamente com os vereadores Arilton Silva, Luiz Guma Júnior, Márcio Valles e Osiel Barcellos.
Além de Sampaio, fizeram uso da palavra os defensores públicos Carla Cassol,
Lourenço Bortolini, o prefeito Vilmar Oliveira, os promotores de justiça e também mães e pessoas ligadas as crianças autistas. Nos relatos exemplos de superação e de atenção total as crianças e adolescentes. A busca de terapias, busca de especialistas e dificuldades encontradas, além dos atendimentos nas redes de ensino.
O evento apresentou relatos relacionados os casos e a inclusão desses jovens. A defensora Carla falou a respeito da audiência e disse que foi apenas o início de um longo trabalho.
“Foi muito foi falado sobre autismo, mas a temática era abranger todas as crianças atípicas”, explica Carla.
No evento o prefeito Vilmar Oliveira mencionou o trabalho desenvolvido pela Secretaria de Educação, o qual já elaborou um projeto para a criação de um Centro de Apoio de Pessoas Autistas, mas que ainda falta muito pois está apenas no estudo.
“O governo do Estado possui um programa TEAcolhe para os municípios que queiram se habilitar, onde há envio de verbas para a contratação de profissionais para tratamento de pessoas autistas. Os municípios que queiram precisam se habilitar no edital. Quando abre o edital, há uma série de requisitos, como já ter os profissionais que irão atender, carga horária, um projeto e o local”, explicou a Defensora Carla.
Ela concluiu que a ação é de longo prazo: “O projeto é um primeiro passo, mas precisamos avançar. As pessoas com qualquer diagnóstico de disfunção neuropsicomotora não podem esperar”.
Grupos foram criados para debater e unir famílias que dão amor e se fortalecem sobre o tema. Algumas usaram a tribuna e relataram sua rotina com os jovens, seus cuidados que são 24h por dia, como foi o caso de Caroline Brondani, mãe que possui um filho autista. Equoterapia e outras atividades são auxílio para o jovem que é compreendido e tem o apoio de toda a família, colegas de escola e professores. Carol reúne também um grupo que faz reuniões e troca experiências e se ajuda. Regiane do Couto provocou a ideia de existir mais profissionais para o atendimento das crianças e jovens, incluindo fonoaudióloga.
A mãe Neide Artifon, relatou a rotina com seu filho, a vontade de chorar que em grupos assinalou que é normal, mas que torna-se uma terapia entre as mães a troca de experiências. Mais ainda, assinalou que o autismo será, pela própria estatística atual, um caso de saúde pública se nada for feito. Ainda manifestou-se a professora Fabi Fiúza, que complementou ser essencial a busca do conhecimento de mais pessoas para tratar das crianças e adolescentes.
O presidente da Câmara Municipal de Vereadores, Alisson Sampaio, destacou que seria importante realizar um convênio entre a Administração Municipal com a APAE local, fazendo um início de trabalho que já é projeto da SMEd.
A partir desta audiência serão propostas outras ações que as crianças, adolescentes e adultos ganhem um acolhimento e inclusão social ainda maior na comunidade em que vivem.

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