Coluna-Ponto-de-Vista-1

Neto homenageia avô no Desfile de 20 de Setembro: A Memória Viva de Valdemir Mengoti Faria

No tradicional desfile de 20 de setembro, a cidade de São Gabriel testemunhará uma homenagem emocionante a Valdemir Mengoti Faria, carinhosamente conhecido como "O Paisano". A homenagem vem de uma fonte especial - seu neto, Miguel, que transformará a parada festiva em uma celebração do amor, da família e da cultura gaúcha que seu avô tanto amava.
Valdemir Mengoti Faria, nascido em 26 de novembro de 1950, em São Gabriel, era uma figura icônica na comunidade local. Sua habilidade na marcenaria era conhecida por todos, e ele era meticuloso em cada detalhe de seu trabalho. No entanto, seu legado vai muito além de suas habilidades profissionais.
 
Valdemir era um verdadeiro amigo dos amigos e um parceiro nas gauchadas. Ele adorava os festivais de rodeio e era um mestre na arte de "fomegar" (churrasquear), como ele gostava de chamar. Seu sorriso franco e sua sinceridade eram marcas registradas, assim como seu aperto de mão sincero e afetuoso.

O "Paisano" também era apaixonado pela música gaúcha, especialmente Gildo de Freitas com seus repentes e Formiguinha com seus versos. Além disso, era conhecido por sua fidelidade partidária ao PDT e por sua determinação em defender seus ideais, sempre respeitando as opiniões dos outros.
Na família, Valdemir era simplesmente "o TIO" ou "o TIO NINIU" de Miguel, seu sobrinho querido. A relação entre os dois era única, e os festivais de rodeio da Estância do Sobrado se transformavam no "Festival do Menino Miguel". Mesmo sem ter crescido no campo, Miguel ganhou a égua Surpresa para desfilar no dia 20 de setembro em São Gabriel, graças ao amor e à dedicação de seu avô.
 
Valdemir nutria pelo menino Miguel o amor de um avô "emprestado", dedicando-se a fazer passeios de moto, a subir em árvores e a vestir a pilcha tradicional, que eram suas maiores alegrias.
O desfile, que tradicionalmente celebra a cultura gaúcha, será o local perfeito para honrar um homem que tinha as raízes da cultura que tanto amava.
Valdemir deixou um legado de amor, respeito e dedicação à família e à cultura gaúcha. Seu caminhão amarelo, sua moto e sua caminhonete podem estar silenciosos devido à sua ausência física, mas sua presença estará sempre viva nos corações daqueles que o amaram.

Nenhum comentário

Tecnologia do Blogger.